Mata pau

Leitura Bíblica: Hebreus 2.4-5

Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado (Pv 31.20).

Conta uma fábula que duas cachorras moravam no mesmo bairro. Uma era boa e caridosa; a outra, má e ingrata. A boa, como fosse diligente, tinha a casa bem arrumadinha; a má, desleixada, vivia ao léu, sem eira nem beira. Certa vez, a má, em véspera de dar cria, foi pedir agasalho à boa: Fico aqui num cantinho até que meus filhotes possam sair comigo. É por eles que peço. A boa cedeu-lhe a casa inteira, generosamente. Nasceu a ninhada, e os cachorrinhos já estavam de olhos abertos quando a dona da casa voltou: Podes entregar-me a casa agora? A má pôs-se a choramingar: Ainda não, generosa amiga. Como posso viver na rua com filhinhos tão novos? Conceda-me um novo prazo. A boa concedeu mais quinze dias, ao termo dos quais voltou: Vai sair agora? Paciência, minha velha, preciso de mais um mês. A boa concedeu mais quinze dias, e ao terminar o último prazo voltou; mas, desta vez, a intrusa, rodeada dos filhos já crescidos, robustos e de dentes arreganhados, recebeu-a com insolência: Quer a casa? Pois venha tomá-la, se é capaz.
Esta fábula nos lembra que, embora devamos ser bondosos, não devemos ser inocentes a ponto de ser abusados e explorados por pessoas falsas. Infelizmente, alguns se aproximam disfarçados de necessitados, mas, na verdade, são pessoas preguiçosas e mal intencionadas. São pessoas semelhantes ao mata-pau ou figueira-vermelha que é uma árvore, nativa do Brasil, que se comporta como estranguladora. “Ocasionalmente germinam sobre outras árvores, e crescem como epífitas até que suas raízes alcancem o solo. Então as raízes engrossam, crescem em volta da árvore hospedeira, até que a figueira a sufoca por cintamento ou compete com a planta hospedeira na absorção de água do solo, e a segunda acaba morrendo” (Wikipédia). 
Tenhamos discernimento em nossos relacionamentos, cuidado para não sermos explorado e, principalmente, para não sermos os exploradores. 

Tenhamos relacionamentos saudáveis. 

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