Julgamento precipitado

Leitura Bíblica: Mateus 7.1-5

Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça (Jo 7.24). 

Certa vez, em uma cidade do interior de Minas, um padeiro foi ao delegado e deu queixas do vendedor de queijos que, segundo ele, estava roubando, pois vendia 800 gramas de queijo e dizia estar vendendo um quilo. O delegado pegou o queijo de um quilo, constatou que só pesava 800 gramas e mandou, então, prender o vendedor de queijos sob a acusação de estar fraudando a balança. O vendedor de queijos ao ser notificado da acusação, confessou ao delegado que não tinha peso em casa e por isso, todos os dias comprava dois pães de meio quilo cada, colocava os pães em um prato da balança e o queijo em outro e quando o fiel da balança se equilibrava, ele então sabia que tinha um quilo de queijo. O delegado, para tirar a prova, mandou comprar dois pães na padaria do acusador e pode constatar que dois pães de meio quilo se equivaliam a um quilo de queijo. Concluiu o delegado que quem estava fraudando a balança era o mesmo que estava acusando o vendedor de queijos.

Isso acontece. Somos propícios a acusar os outros naquilo que nós mesmos fazemos errado. Temos a tendência de aumentar os defeitos dos outros enquanto, ao mesmo tempo, relevamos nossas faltas. Sempre temos desculpas, sempre sabemos como explicar porque fizemos algo errado. Já nosso próximo, o condenamos e achamos que ele não merece perdão. Antes de acusar alguém, deveríamos pensar se nós mesmos não estamos cometendo falhas ainda piores. Jesus disse no Sermão do Monte: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?” (Mt 7.3). Antes de acusar os outros, é preciso corrigir nossos próprios erros. O julgamento precipitado é uma agressão ao nosso próximo. 

Devemos esperar o melhor das pessoas e não julgá-las conforme nossa mente poluída. Devemos olhar para os outros com amor e misericórdia. “O amor é paciente, é benigno” (1Co 13.4a). 


Quem ama aprende a perdoar. 

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