Criança mimada

Leitura Bíblica: 1Pedro 2.11-12


Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra (Jo 4.34).


É uma grande realidade que o nosso maior inimigo pode ser nós mesmos. Nossa distração, nossos maus pensamentos, nossas palavras, nossas atitudes e principalmente nossa falta de domínio próprio. Às vezes, nos preocupamos com os inimigos de fora sem lembrar do perigo que é o inimigo dentro - o problema do coração inconstante e corrupto. A vida cristã é uma constante guerra espiritual. Warren Wiersbe nos lembra que a nossa verdadeira luta não é contra as pessoas que nos cercam, mas sim contra as paixões dentro de nós. Pedro exorta a nos abstermos das paixões carnais, que fazem guerra contra a nossa alma (1Pe 2.11). Quais são essas paixões carnais? Algumas delas são o orgulho, a inveja, a malícia, o ódio, bebedices, orgias, idolatria (1Pe 4.3). Também encontramos uma lista chamada de “as obras da carne” em Gálatas 5.19-21. Em resumo, paixão carnal é tudo que ocupa nosso coração no lugar de nossa devoção a Deus. 

Richard Foster fez uma comparação interessante entre como lidar com o desejo de comer e com os desejos de pecar. Ele diz: “Nosso estômago foi condicionado a emitir sinais de fome em momentos determinados. De vários aspectos, o estômago é como uma criança mimada, e uma criança mimada não precisa de pronto atendimento, mas de disciplina. Martinho Lutero afirma: ‘A carne tem como praxe rosnar de um jeito medonho’. Você não deve capitular diante desses rosnados.  Ignore os sinais ou até mesmo ordene a sua ‘criança mimada’ que se acalme, e em pouco tempo as pontadas passarão”. Foster diz que devemos ignorar e não responder aos estímulos da carne. Do mesmo jeito que a vontade de comer passa quando não atendemos seus desejos, a fome de pecar também irá embora. Devemos nos firmar em Deus e nos alimentar da sua vontade. O Rev. Hernandes Dias Lopes disse sobre esse assunto: “O caminho da vitória sobre as paixões carnais não é o enfrentamento, mas a fuga e a abstinência”.  


Deixe o mal e apegue-se ao bem. 

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