Inveja do próximo

Leitura Bíblica: Gênesis 26.12-16

De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? (Tg 4.1)

Leandro Carnal em uma palestra disse: “A primeira característica da inveja, além de ser envergonhada, é que ela jamais se refere a alguém distante, sempre alguém próximo. Ninguém daqui desta sala hoje, ou do nosso auditório tem qualquer inveja das conquistas de Júlio César. A grande carreira de 16 anos no poder de Napoleão não causa dores. Que raiva tenho de Napoleão, porque conquistou grande parte da Europa - ninguém diz isso. Mas o cunhado, o vizinho, a síndica, o colega de trabalho… A inveja se dirige a alguém próximo. Eu perdoo o sucesso de alguém distante. Eu jamais perdoo o sucesso de alguém próximo. Quanto mais próximo pior, porque estabelece o dado da comparação. Não importa o quanto eu ganho, diz uma pesquisa famosa americana, importa que eu ganhe mais do que as pessoas ao meu redor”. 

A frase “a inveja se dirige a alguém próximo” chamou minha atenção. Logo o próximo, que devemos amar, muitas vezes se torna objeto de inveja. Nossa tendência é realmente invejar alguém próximo, um parente, alguém que trabalha na mesma profissão que nós. 

Devemos seguir o ensinamento de Paulo aos Gálatas que disse: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.25-26). Naturalmente, o sentimento de inveja virá em nosso coração. A inveja é uma obra da carne e se manifestará fortemente em qualquer pessoa que abrir espaço para ela. Mas se buscarmos viver no Espírito, este sentimento não irá nos possuir a ponto de se materializar em atos ou pensamentos contínuos. Nós somos do Espírito “e os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).

Vivamos em sabedoria - a sabedoria do alto que se mostra em mansidão e digno proceder, não sendo tomados pela inveja e amargura, que se faz presente na sabedoria do mundo (Tg 3.13-18).


Promover a paz é nosso dever. 

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