Evitar e praticar


Leitura Bíblica: Mateus 7.1-5

Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos (Jo 7.24).

Todos nós somos dependentes de relacionamentos e todos nós temos dificuldades nos relacionamentos. John Stott comenta de forma interessante o que Mateus 7 registra sobre como os discípulos de Jesus devem se relacionar, mostrando duas coisas que devemos evitar e uma que devemos praticar. 
1. O cristão não deve ser juiz (v. 1-2). Não julgueis. Podemos avaliar as pessoas com discernimento, mas não condená-las severamente. Devemos evitar ser um crítico que julga os outros, que é um descobridor de erros num processo negativo e destrutivo para com as outras pessoas, que adora viver à procura de falhas nos outros e imagina as piores intenções nas pessoas. “O ponto simples, mas vital que Jesus está apresentando nestes versículos é que o homem não é Deus. Nenhum ser humano está qualificado a ser o juiz de outros seres humanos, pois não podemos ler os corações dos outros nem avaliar os seus motivos” (John Stott). 
2. O cristão não deve ser hipócrita (v. 3-4). Hipócrita é quem interfere na vida dos outros sem cuidar de si mesmo. Como Paulo explicou: “Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas; porque no julgar a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias cousas que condenas” (Rm 2.1). Todos nós nos tornamos pecadores com a Queda. Devemos agir com cautela. Não estamos em posição de julgar outros pecadores iguais a nós. É preciso parar com o “vício farisaico de exaltarmo-nos amesquinhando os outros, um modo muito baixo de obter superioridade moral” (A. B. Bruce).
3. O cristão deve antes ser um irmão (v. 5). Tira primeiro a trave do teu olho. Tendo removido antes a trave de nosso próprio olho, veremos claramente como remover o cisco do olho de nosso irmão (Leia Gl 6.1). “Novamente se evidencia que Jesus não está condenando a crítica propriamente dita, mas, antes, a crítica desvinculada de uma concomitante autocrítica; não a correção propriamente dita, mas, antes, corrigir os outros quando nós mesmos ainda não nos corrigimos” (John Stott). 

Deus, o justo juiz, trará à luz todas as coisas. 

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