Quem rejeita o profeta

Amós 7.12-15

Se o meu povo apenas me ouvisse, se Israel seguisse os meus caminhos (Sl 81.13).

O significado do nome Amós, segundo comentaristas, é “aquele que carrega fardos”. Nome que se encaixa muito bem com seu ministério. Amós teve que carregar muitos fardos, levar notícias de calamidade ao povo de Israel. Amós era um homem simples, pastor de ovelhas no deserto. Não era um homem rico, vivia nas montanhas de Tecoa. Ele foi chamado para falar a um povo rico que vivia uma religiosidade vazia. Um povo preocupado com seus luxos e prazeres. E que explorava o quanto podiam as pessoas humildes. 
Pensando nesta diferença entre o profeta e o povo que ouvia a mensagem e também no conteúdo da mensagem, podemos imaginar que Amós sofreu muitas perseguições em seu trabalho. Veja o que disse Amazias: “Vá embora, vidente! Vá profetizar em Judá; vá ganhar lá o seu pão. Não profetize mais em Betel, porque este é o santuário do rei e o templo do reino” (Am 7.12b-13). 
No poema do Rev. Hélio de Oliveira Silva é possível imaginar o que deve ter acontecido: “Lá vem o tosco, eles dizem, com suas palavras deselegantes. Com seu jeito roceiro de ser. Vestindo roupas simples, que não gostamos. Falando de coisas que não queremos para nós. Por que você não vai embora? Lá vem o homem do interior, eles comentam. Tentando nos convencer com suas palavras apressadas, com seus gestos que nos assustam, colocando prumo em nossas ações. Por que você não volta? Vá profetizar em outro lugar!” 
A resposta que Amós dá a palavra de Amazias e a seus acusadores é simples. Ele disse que não estava ali por profissão ou porque queria. “O Senhor me tirou do serviço junto ao rebanho e me disse: Vá, profetiza a Israel, o meu povo” (Am 7.15). Ai daqueles que não querem ouvir a palavra que Deus profere, seja através de um pastor, professor ou na leitura da Bíblia. “Quem rejeita o profeta que Deus envia rejeita a Palavra do Senhor. Quando rugir o leão, quem não estremecerá?” (Hélio O. Silva).

Para quem ouve o Senhor, grandes são as suas promessas de paz. 

“Eu sustentaria Israel com o melhor trigo, e com o mel da rocha eu o satisfaria” (Sl 81.16).

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