Comentário de Efésios



Resumo do Comentário 

A Mensagem de Efésios 

Livro de Jonh Stott 

por Hebert Gonçalves



PREFACIO DO AUTOR 
             
O Cristão tem uma marca característica: Afirma ser povo do evangelho autentico  Cristão. Mas muitas de nossas formulações das boas novas são defeituosas, míopes. Efésios traz uma perfeita mensagem de boas novas, com um evangelho privatizado, o Evangelho da Igreja.                                                     
Expõe o propósito eterno de Deus em criar, através de Jesus Cristo, uma nova sociedade que se destaca num brilhante relevo contra o pano de fundo do velho mundo.  A nova sociedade de Deus é, pois, caracterizada pela vida em lugar da morte; pela união e pela reconciliação, em lugar da divisão e da alienação; pelos padrões sadios da justiça em lugar da corrupção e da iniquidade; pelo amor pela paz, em lugar do ódio e da contenda; e pelo conflito sem trégua com o mal,  em lugar de uma convivência pacifica com ele.
Efésios 1:1-2
INTRODUÇÃO A CARTA 

A carta aos Efésios é um resumo, muito bem elaborado, das boas novas do cristianismo e de suas implicações. Ninguém pode le-la sem ser compelido a adorar a Deus, e a ser desafiado a melhorar a sua vida crista.  
Efésios pode ser considerado o livro mais atual da Bíblia, visto que promete, comunidade, num mundo de desunião; reconciliação ao invés da alienação; e a paz, ao invés da guerra. 

TRÊS QUESTÕES INTRODUTÓRIAS 
1- O AUTOR 
O autor começa declarando a sua identidade como sendo o Apóstolo  Paulo. Alguns estudiosos começaram a questionar a autenticidade da carta sobre a autoria Paulina de Efésios. A maioria dos comentaristas chama a atenção ao vocabulário e estilo singulares da carta; o numero de palavras em Efésios que não ocorrem nas demais cartas de Paulo, o numero de palavras prediletas que não se acham em Efésios.  Mas isso não é argumento suficiente para provar nada, não devemos pensar que uma mente tão criativa quanto a de Paulo permanecesse dentro das fronteiras de um vocabulário limitado, temas diferentes requerem palavras diferentes, e circunstâncias alteradas, criam um ambiente alterado.

Um outro argumento é sobre o intimo conhecimento que Paulo tinha da Igreja de Éfeso, e o relacionamento inteiramente impessoal que a carta expressa. Paulo visitou duas vezes aquela Igreja embora a sua primeira visita tenha sido breve (Atos 18:19-21), a sua segunda; durou 3 anos (Atos 19:1; 20:1-31). Este caráter impessoal e certamente surpreendente. Mas não há necessidade de deduzir dai que Paulo não seja o seu autor. Uma das explicações possíveis é que Paulo pode ter se dirigido não apenas a Igreja de Éfeso, mas a um grupo de Igrejas.
Existe também um argumento teológico que é levantado contra a autoria paulina, apontam uma grande variedade de aspectos diferentes.
  O papel de Cristo, assume uma dimensão cósmica; que a esfera de interesses está nos lugares celestiais (uma expressão inédita que ocorre cinco vezes), em que operam as potestades e os poderes; que o foco do interesse é a igreja; que a justificação não é mencionada; que a reconciliação fica mais entre os judeus e os gentios, do que entre o pecador e Deus; que a salvação é retratada não como um morrer com Cristo, mas, sim, somente como um ressuscitar com ele; e que não há referência, à segunda vinda de nosso Senhor.
No entanto, nenhum destes detalhes é mais do que uma mudança de ênfase. E temos de reconhecer que a teologia da epístola e essencialmente Paulina, a epístola está repleta de idéias de autoria indubitavelmente Paulina.

CARACTERÍSTICAS

1- EFÉSIOS É INTERCESSÃO: tem o caráter e a forma de oração, seus leitores são objeto da intercessão do autor.   
2- EFÉSIOS É PROCLAMAÇÃO: está repleta de afirmações ousadas acerca de Deus, de Cristo, e do Espirito Santo.
3- EFÉSIOS E EVANGELIZAÇÃO: declarações intrépidas acerca do propósito e da ação salvadora de Deus. 
                                                     
2- OS DESTINATÁRIOS           
Em primeiro lugar são os santos: se refere a totalidade do povo de Deus. Eram chamados de Santos por terem sido separados para pertencer a Deus. Em segundo lugar são fieis: O adjetivo caracterizado tem dois significados, o ativo (confiando, tendo fé) e o passivo (fidedigno, sendo fiel). 
O significado ativo parece melhor, visto que o povo de Deus  é a família da fé, unida por sua confiança comum em Deus mediante Jesus Cristo. Em terceiro lugar estão em Cristo Jesus: estão em união vital e pessoal com Cristo, e portanto com o povo de Cristo. Em quarto lugar estão em Éfeso: tem um lugar de moradia no mundo secular.
Seus leitores, são santos porque pertencem a Deus; são fieis porque confiaram em Cristo, e tem dois lares porque residem igualmente em Cristo e em Efeso. 
3- A MENSAGEM              
O ponto central da carta é o que Deus fez por meio da obra histórica de Jesus Cristo, e continua fazendo através do seu Espírito hoje, a fim de edificar a sua nova sociedade no meio da velha. Fala como deve ser esta nova sociedade que é a Igreja. Leva-nos a questionar qual tem sido o tipo de Igreja que esta surgindo e crescendo.       
Na primeira parte da carta (cap. 1-3), o apóstolo fala, como os cristãos são um só povo, por causa da morte de Cristo na cruz, e como o Espírito Santo lhes dá o poder de continuar a viver em união. Na segunda parte (cap. 4-6) ele fala da nova vida que os seguidores de Cristo tem por estarem unidos com ele. E fala também de como essa vida se manifesta nas relações que eles têm uns com os outros. 

I - A VIDA NOVA 
EF.1:3-2:10

A seção inicial de Efésios (1:3- 2:10), que descreve a nova vida que Deus nos deu em Cristo, divide-se naturalmente em duas partes, sendo a primeira de louvor e a segunda de oração.

1 - Toda benção espiritual (1:3-14)
Paulo em sua expressão de louvor.
1.1 -  A benção passada da Eleição (vs.4-6)  
Paulo volta mentalmente para o passado, antes da fundação do mundo (v.4) antes da criação. Louva a Deus porque somos eleitos de Deus.
Sobre este assunto temos que ser cuidadosos, não se pode sistematizar este assunto de modo rígido.

a) A doutrina da eleição é uma revelação divina e não uma especulação humana. Não foi inventada por Agostinho de Hipona, nem por Calvino, pelo contrario sem duvida é uma doutrina bíblica.  No Velho Testamento Deus escolheu Israel entre todas as nações. No Novo Testamento esta formada uma nova comunidade, os  Santos em Cristo.
Não se pode rejeitar essa idéia. Embora não entendendo aceitamos porque Ele declarou que estamos iluminados na fé.
b) A doutrina da eleição é um incentivo a santidade e não uma desculpa para o pecado.
A doutrina nos da uma forte certeza de segurança eterna. Aquele que nos escolheu e nos chamou nos guardara até o fim. Mas não pode ser usada para desculpar o pecado, e muito menos para encoraja-lo. Paulo diz: escolhidos para sermos santos e irrepreensíveis perante ele (v.4), a santidade é o propósito da nossa eleição. A única evidência da eleição é uma vida santa. 
c) A doutrina da eleição é um estimulo a humildade, não um motivo para orgulho.
Há quem pense que julgar-se membro do povo escolhido de Deus é o pensamento mais arrogante que alguém pode alimentar, e seria, se imaginássemos que Deus nos tivesse escolhido por causa de algum mérito.
  Deus não nos escolheu porque somos melhores que os outros, ele nos escolheu porque nos amou.
A graça de Deus, o amor de Deus, a vontade de Deus, o propósito de Deus, e a escolha de Deus. Nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, que era antes de existirmos antes de podermos alegar qualquer mérito.
Uma eleição que deve nos levar a justiça, e não ao pecado, e a uma sincera gratidão em espírito de adoração e não ao orgulho.

1.2 - A Benção Presente da Adoção.
A eleição tem como objetivo a adoção. O nosso privilegio de ser da família de Deus, e responsabilidade inerentes.
Temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, Deus derramou abundantemente sobre nós (vs.7-8).
Os filhos de Deus, pois,  desfrutam do livre acesso ao Pai celestial.
Redenção significa: livramento mediante o pagamento de um preço. 
Filiação subentende responsabilidade, o pai celestial não estraga os seus filhos. Pelo contrário nos disciplina para o nosso bem, a fim de sermos participantes da sua santidade. "nos predestinou para adoção de filhos e nos escolheu para sermos santos... sede imitadores de Deus como filhos amados...” A adoção traz um ganho imenso, nosso acesso  a Deus como nosso Pai. A adoção traz também uma perda necessária, desafio de agradar o Pai com uma vida reta.

1.3- Futura Benção da Unificação. (vs.9-10) 
Deus fez mais do que nos escolher em Cristo numa eternidade passada. Nos da a filiação agora como uma possessão presente, com todas as alegrias e deveres que acompanham. Além  disso desvendou-nos o mistério da sua vontade para o futuro. Unidade que esperamos, vai se concretizar em Cristo reinando. "fazer convergir" União dos Cristãos vivos e dos mortos. 
Paulo mesmo preso consegue olhar para a eternidade, sua mente faz uma longa viagem. E ele louva a DEUS. Louva pela Eleição, Adoção, Unificação. 

 1.4- O Alcance destas bênçãos (vs.11-14)
Somos povo de Deus, propriedade Dele. Isso pela vontade de Deus.

2-Uma oração de gratidão pelo conhecimento  ( 1:15-23)

Depois de bendizer a Deus por nos ter abençoado em Cristo, Paulo ora pedindo que Deus abra os nossos olhos para entendermos a plenitude desta benção. Algumas vezes oramos em favor de novas bênçãos espirituais, aparentemente ignorando o fato de Que Deus já nos abençoou em Cristo com toda benção espiritual. Não desfrutarmos o que já recebemos, é como se esquecêssemos de senti-las. Outros dão muita ênfase a indubitável verdade que em Cristo tudo já é deles, que se tornam negligentes e não demostram vontade de conhecer ou experimentar com maior profundidade seus privilégios cristãos. Uma certeza que tem algo maravilhoso, mas não utiliza a benção fica guardada. 
Paulo ora para que conheçamos a plenitude daquilo que ele nos deu. Três grandes verdades que deseja que seus leitores saibam na mente e na experiência.
2.1- A esperança do Chamamento de Deus 
Deus nos chamou para sermos de Jesus, para comunhão, com santa vocação, para sermos santos. Nos chamou, não devemos, portanto, recair na escravidão, pois fomos chamados a liberdade. Tudo isso estava na mente de Deus quando nos chamou. Trata-se de uma chamada para a vida totalmente nova. Em que conhecemos, amamos, obedecemos e servimos a Cristo. 
Olhamos além do nosso presente sofrimento, para a glória que um dia será revelada. Esta é a esperança do seu chamamento. Paulo ora que nossos olhos sejam abertos para conhece-la.  
2.2- A Glória da herança de Deus.
Refere-se aquilo que ele nos dará, pelo que devemos dar graças ao Pai. Está além de nossa capacidade de Imaginar como será. Mas mesmo assim, certos aspectos foram revelados no Novo Testamento, e não erraremos se nos firmarmos neles. Somos informados que havemos de ver a Deus e a seu Cristo, e que o adoraremos. Que esta visão bendita será uma visão transformadora.
Quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, não somente no corpo como também no caráter. Que desfrutaremos de perfeita comunhão uns com os outros. A Herança de Deus não será uma pequena festa particular para cada indivíduo, mas sim em meio a muitos, "aquela multidão que ninguém poderá enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro.”
2.3- A grandeza do Poder de Deus 
Paulo ora para que saibamos a grandeza de Deus, realmente a suprema grandeza do Poder de Deus. Paulo se refere a três eventos sucessivos. 
a) A ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Poder sobre a vida que só Deus pode tirar e dar a vida.
b) A entronização de Jesus sobre todo o mal. Está a direita de Deus e todas as coisas estão debaixo de seus pés.
c) Jesus como o cabeça da Igreja. Cristo é o cabeça e enche a Igreja. O governo de Cristo sobre sua Igreja, a Igreja é seu corpo (ele a dirige). A Igreja é sua plenitude, ele a enche, inspira o corpo inteiro com vida e direção.
Conclusão
Ênfase dada por Paulo na importância para a maturidade crista do conhecimento (para saberdes) e como se relaciona com a Fé.
a) Iluminação e pensamento. Meditar sobre o que Deus tem feito em Cristo, que o Espirito abrirá os nossos olhos para compreendermos suas implicações.
b) Conhecimento e Fé. A Fé vai alem da razão, mas baseia-se nela. O conhecimento é a escada através da qual a Fé sobe mais alto, é o trampolim de onde se pula mais longe. A Fé não pode crescer sem uma base firme de conhecimento e o conhecimento é estéril se não produz Fé. 

3- RESSURRETOS COM CRISTO (2:1-10)

Nesta passagem vamos ver um contraste vivido entre o que o homem é por natureza, e o que pode vir a ser mediante a graça.
A oração de Paulo no sentido de que os olhos interiores dos seus leitores fossem iluminados pelo Espírito Santo a fim de conhecerem as consequências do chamamento de Deus, a riqueza da herança que os guarda no céu, e acima de tudo a suprema grandeza do poder de Deus.
Mas deu uma demonstração adicional dele ao nos ressuscitar e exaltar juntamente com Cristo, livrando-nos assim da escravidão da morte e o mal.
3.1- O homem por natureza, ou a condição humana. (vs.1-3)
O conceito de Paulo quanto a todos os homens sem Deus.  Um quadro da condição humana universal.
Três verdades terríveis sobre os seres humanos não regenerados.
a) Estávamos mortos. Uma declaração da condição espiritual de todas as pessoas fora de Cristo.  Podem até parecer vivas, corpo vigoroso de um atleta, outra, a mente lúcida de um intelectual. Mas a alma esta morta, elas não tem vida, estão cegos a glória de Jesus, surdos a voz do Espirito Santo. 
Nenhum impulso do seu espírito em direção a ele com exclamação "Aba, Pai", nenhum anseio pela comunhão com o povo de Deus. Estão tão indiferentes a ele quanto um cadáver. UMA VIDA SEM DEUS É UMA MORTE EM VIDA.
b) Estávamos escravizados. Escravos: do mundo, carne, e diabo. 
  • Seguindo a curso deste mundo. Um sistema de valores sociais que esta alienado de Deus. Os seres humanos são desumanizados, por um mundo amoral, materialista, pobre. As pessoas tendem a não ter mente própria, mas entregam-se a cultura popular da televisão e revistas. Arrastados ao longo das idéias do mundo.
  • Nosso segundo cativeiro foi o diabo. Pessoas ou inteligências demoníacas pessoais, sob o comando dele. “do espirito  que atua nos filhos da desobediência.”
  • As inclinações da nossa carne. A nossa natureza caída e egocêntrica. definidas como a vontade da carne e dos pensamentos. Transforma desejos bons, para comida, para o sono, ou para o sexo, em glutonaria, preguiça e o sexo pervertido. Desejos naturais se transformam em pecaminosos.  Como os desejos errados da mente, soberba intelectual, rejeição da verdade conhecida, e pensamentos maliciosos vingativos.
c) Estávamos Condenados. "éramos por natureza filhos da ira” como os demais. É a hostilidade pessoal, reta e constante de Deus contra o mal, sua recusa firme de ceder o mínimo que seja para o mal, e sua resolução de, pelo contrário, condená-lo. Morte, a escravidão e a condenação a condição humana perdida. Deus pois confiou-nos uma mensagem de boas novas que oferece vida aos mortos, libertação aos cativos, e perdão aos condenados. 
3.2- O Homem pela graça, ou a compaixão divina (4-10)
"Mas Deus", Estas duas palavras contrapõem a condição desesperadora da humanidade, Deus então agiu para inverter a nossa condição no pecado.
a) O que Deus fez  "Deus nos deu vida v.5, nos ressuscitou v.6, fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.  Refere-se aos três eventos históricos sucessivos na carreira salvífica de Jesus: Ressurreição, Ascensão, e a Exaltação.
b) Porque Deus fez. A ênfase principal é que não foi um suposto mérito, ou algo em nós, mas sim algo nele mesmo. Misericórdia "sendo rico em" v.4; Amor "por causa do grande" v.4b; Graça "pela graça sois salvos v.5-8; Bondade "em Bondade para conosco em Jesus Cristo v.7. 
Estávamos mortos, somente a misericórdia; estávamos debaixo da ira, somente o amor. Nada merecíamos, graça é favor imerecido
Porque, pois Deus agiu: Somente movido pela sua pura misericórdia, pelo seu amor, pela sua graça e por sua bondade; v.7 para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça; v.8-10 reforça que fomos salvos somente pela graça por meio da confiança em Cristo.
Nunca devemos pensar na Salvação como sendo o tipo de transação entre Deus e nós, onde ele contribui com a graça, e nós contribuímos com a fé. A fé salvadora também é Dom gracioso de Deus. At.18:27 Fp.1:29. 
 Deixa claro que a Salvação não é por caridade que fazemos, não é que permaneceremos passivos e inertes, as obras são indispensáveis para a Salvação, não como sua base ou meio, mas, sim, com sua consequência e evidência. Não somos salvos por causa de Obras, mas sim somos  criados em Cristo Jesus para as boas obras. (v.10 "Somos feitura de Deus" sua obra de arte. Criados em Cristo Jesus,  Salvação é a criação, nova Criação. 
v.10b Boas obras,  Deus de antemão preparou a fim de que continuamente andássemos nela.
Conclusão
Assim termina o parágrafo. O andar humano: Antigamente andávamos em delitos e pecado que o Diabo nos prendera; agora andamos nas boas obras, conforme Deus planejou eternamente que fizéssemos.
Expressões chaves do parágrafo:  “ Mas Deus”, e “Pela graça”.

 II. Uma nova sociedade
 Ef.2:11 - 3:21

1. Uma única nova humanidade (2:11-22)

Havia uma grande separação.  Não era licito prestar ajuda a uma mãe gentia na sua necessidade mais urgente, porque isso seria apenas trazer outro gentio para o mundo. Casamento misto era motivo para enterro simbólico. "parede de separação".  Ao escolher Israel pretendia que esta nação se tornasse luz para as nações, Israel interpretou mal o seu privilegio, desprezando e detestando os Gentios. (Gn.12:1-3; Is.42:1-6; 49:6) 
O Grande tema de Efésios 2 e que Jesus Destruiu as duas inimizades. v.14  " Ele...de ambos fez um.” v.16  "reconciliasse ambos...com Deus”.
O perfil do Gentio v.11-12
a) desprezados, chamados de incircuncisão chamados por nomes ofensivos.
b) Estavam sem Cristo, separados nem sequer tinham expectativa da sua vinda.
c) Separados da comunidade de Israel e das promessas e alianças feitas.
d) Não tinham esperança e sem Deus no mundo, eram voltados a idolatria. Separados do Messias, da Teocracia e da aliança, da esperança e do próprio Deus. Estavam longe.
A Paz que Cristo Trouxe, o que Fez.v.13-18
Estavam longe, fostes aproximados, é uma proximidade de Deus e de uns aos outros. v.14 derrubou a parede da separação.
a) A abolição da lei dos mandamentos.  v.15a as formas de ordenança, a lei cerimonial e não a lei moral. A circuncisão, dia de festa, sábados, regras a cerca da impureza e pureza. 
b) A criação de uma nova humanidade 15b. Há uma nova humanidade em Cristo, nova raça humana unida por Jesus Cristo na sua própria pessoa.
c) A reconciliação de Judeus e gentios com Deus. v.16
 Aboliu a Lei que os separara, depois os uniu uns com os outros, e agora com Deus. Unidos com Deus, com acesso ao Pai em um Espírito.
O resultado de tudo isso v.19-22 
a) O reino de Deus v.19 a; o próprio Deus regendo o Seu povo, levando os seus privilégios e suas responsabilidades, que o seu domínio subentendem.
b) A família de Deus. Vida juntos como filhos de uma família, os filhos do Pai ultrapassando as barreiras da divisão, estreito relacionamento de afeição, de cuidado, e de apoio. Filadélfia, o Amor Fraternal sempre deve ser uma característica especial da nova sociedade de Deus.
c) O Templo de Deus. Primeiro o Fundamento, nada é mais importante para qualquer edifício do que um alicerce sólido e estável. Retrata o papel pedagógico, a sua instrução, educadores inspirados, órgãos da revelação divina, portadores desta autoridade. Jesus é a pedra angular que ajuda a manter o edifício firme, a pedra fundamental  é Jesus. Outras pedras são adicionadas, colocadas ao conjunto, estrutura unida . Qual o propósito ? Habitação de Deus.  E ai que Deus habita, não em edifícios sagrados, mas em pessoas Santas, não em templos feitos por mãos humanas.

Conclusão
Este é o ideal retratado nas escrituras. Diferente da realidade encontrada na Igreja de hoje. Os Cristãos levantam novas barreiras no lugar das antigas que Cristo destruiu, estas coisas são duplamente ofensivas, são uma ofensa contra Jesus. Como ousamos edificar paredes de separação em uma comunidade, paredes  que ele  destruiu.
Deliberadamente perpetuar estas barreiras, sem dar qualquer passo ativo para vence-las, impede o mundo de Crer em Cristo. Deus quer que sejamos um modelo visual do evangelho, a fim de demostrar diante dos olhos das pessoas as boas novas de reconciliação.
A igreja não precisa ser perfeita para poder pregar o evangelho, mais não pode pregar o evangelho enquanto se mantém deliberadamente imperfeita.
Uma nova humanidade, um modelo de comunidade humana, uma família de irmãs e irmãos reconciliados que amam ao seu pai e se amam uns aos outros, a habitação evidente de Deus pelo seu Espírito.. Somente então o mundo crera em Cristo como pacificador. Somente então é que Deus recebera a glória devida ao seu nome.

2- Agradecimento de Paulo a Deus  (3:1-21)
 
Paulo agradece a Deus pelo privilégio de pregar o Evangelho. agradece reconhecendo ser o menor (o menor do mínimo). Levar a sua sabedoria doutrinaria, tudo o que Deus havia revelado. Missão de substituir a Teocracia (nação judaica sobre o governo de Deus), por uma nova comunidade inter-racial (o corpo de Cristo - União com Cristo). Realmente foi um grande privilégio. A ponto de Paulo falar que é Prisioneiro de Cristo. E estar feliz mesmo preso. A grande lição: como compensa viver uma vida Cristã, como compensa pregar o evangelho.

3- A oração de Paulo .

Aqui Paulo parte para mais uma oração, “ Por esta causa me ponho de joelhos”. Aqui Paulo mostra confiança em Deus.
3.1- A introdução da Oração (vs.14-16a) " Por esta causa " (reconciliação), a base é o  conhecimento da vontade de Deus.
3.2- O Conteúdo da sua Oração (vs.16b-19) 
a) Sejam fortalecidos com poder.
Sejam fortalecidos pela inclusão de Cristo neles mediante o Espirito . A questão da intensidade de Cristo na vida da pessoa.  Habitação de Cristo como dono da casa. 
b) Arraigados e alicerçados em amor.
Alicerces profundos  é o fundamental.
c) Conhecer o amor de Cristo. Suficientemente largo para humanidade, (no caso Judeus e gentios). Cumprido para durar toda a eternidade. Profundo alcança o pecador  mais degradado; alto para elevá-lo ao céu. onde quer que se vá nada separa Deus.
d) Enchidos de toda a plenitude de Deus. Numa busca constante.
A beleza da oração. v.20-21. Paulo mostra que sua oração era a quem pode fazer infinitamente mais ...

III.  NOVOS PADRÕES  
Ef. 4:1 - 5:21

1- UNIDADE CRISTA EF.4:1-16           
  "Perdão é uma mente sem memória, é dar chance para  o  irmão   nascer de novo na minha historia,  como  se  ele  não  tivesse história nenhuma. É deixar  ele  brotar  aqui  no  coração,  é oferecer para ele um porto na minha vida. Perdão e esquecer." 
A Igreja Crista tem uma grande missão  a  cumprir,  somos chamados a um importante trabalho na luta do reino de Deus. Este trabalho só poderá ser efetuado se buscarmos a união dentro de nossas Igrejas, e todos  os  aspectos  que  envolvem a união.                                                       
Paulo elabora quatro verdades quanto ao tipo  de  unidade que Deus pretende para a sua Igreja.                                                                 
1- A unidade crista depende da caridade da nossa conduta [v.2] 
É a unidade que vem do caráter pessoal, uma vida digna do nosso chamamento caracterizada por cinco qualidades: 
Humildade - o reconhecimento da dignidade e do valor de outras  pessoas; o maior segredo individual da concórdia.              
Mansidão - É a suavidade dos fortes,  ausência  da  disposição para asseverar direitos pessoais.                              
Longanimidade - Agüentar com  paciência  pessoas  provocantes. Mutua tolerância sem a qual nenhum grupo de seres humanos pode conviver em paz.                                               
Amor - A soma de todas as virtudes. 
 2- A unidade crista surge da unidade do nosso Deus. [v.3-6]    
  Há um só Deus, sua unidade e inviolável; Ele tem  uma  só Igreja. Multiplicar a Igreja e tão  absurdo  como  multiplicar Deus. Somos chamados a conservar a unidade  da  Igreja  em  um  esforço total e integral. Não podemos,  portanto,  de  modo  algum,  acalentar  uma unidade a Deus agradável, se negarmos nosso próximo.     
3- A unidade crista e enriquecida pela diversidade  dos  dons.  [7-12]                                                         
Cristo outorga dons a sua  Igreja,  dons  que  são  muito diversos no seu caráter, com o propósito de equipar o povo  de Deus para exercer seu ministério, e assim, edificar o corpo de Cristo enriquecendo a unidade.                                 
4- A unidade crista exige a maturidade do  nosso  crescimento.   [v.13-16]                                                      
A vida da Igreja e a sua unidade  depende  claramente  da maturidade de seus membros individuais. Devemos crescer para a estatura adulta deixando para traz a instabilidade,  ignorância, e toda a fraqueza.    

2. UMA NOVA ROUPAGEM  (Ef.4:17-5:4)

Somos chamados para sermos um só povo, cultivar a unidade. Agora argumenta que somos chamados para ser um povo Santo. Devemos cultivar á unidade, devemos  também  cultivar  a  pureza. A pureza  é uma característica do Povo de  Deus  tão   indispensável quanto a unidade. Uma  nova  posição, como nova sociedade de  Deus,  envolvia novos padrões; e sua vida em Cristo um novo estilo de vida.  Vs. 17-24 Ênfase imediata ao fator intelectual " a vaidade de seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento. Mentes vazias, os tornou empedernidos, licenciosos e impuros.
O  contraste  com  eles, os crentes tinham  aprendido a  Cristo tinham-no  ouvido, tinham sido instruídos nele , tudo de acordo com a verdade que está em Jesus, poder para  libertar,  enobrecer e refinar.
a) A vida Paga (vs.17-19)
A dureza dos corações, um tipo de mármore, um calo,  corações  petrificados, portanto, insensíveis, cegos.
b) A vida Crista (vs.20-24)
Uma vida em Cristo, aprender, ouvir, ser instruído. Cristo é a  substância do ensino, é ele mesmo o mestre, ser   instruídos nele.

Tirar nossa velha humanidade, como uma roupa podre, e vestir, como uma roupa nova, a nova humanidade criada na imagem de Deus.   
Seis exemplos concretos (4:25-5:4)
a) Não contem mentiras mas sim, falem a verdade (v.25)
O Cristão deve ser conhecido como pessoa honesta fidedigna, em cuja palavra se pode confiar. Porque somos membros uns dos outros, comunhão, confiança e verdade andam juntas. A verdade é a força da comunhão.
b) Não perca a calma mas tenha a certeza que sua ira é justa (vs.26-27)
Da uma idéia de permitir a ira,  mas restringir; não uma recomendação. Há dois tipos de ira, a ira justa e a injusta. Deus mostra a ira justa, ficou irado com o pecado, (Sl.119:53) Deus odeia o pecado, o mal deve despertar a nossa ira e não nossa vaidade. Mas se formos sábios seremos tardios para nos irar. 
São apresentadas três ideias negativas  
1- Não pequeis, uma ira livre de orgulho magoado e espírito de vingança.
2- Não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não devemos ficar acalentando a ira, nunca vá zangado para a cama, é uma boa regra. 
3- Não deis lugar ao diabo, ele quer  levar  a ira  ao ódio, violência, ou ao rompimento da comunhão.
c) Não furte mas, sim trabalhe e contribua. v.28
  Aqui tem uma ampla aplicação, pode se referir a sonegação, empregados que fazem serviços inferiores, patrão que oprime o trabalhador. Ao contrario ajude o necessitado. 
d) Não use a boca para o mal e sim para o bem (vs.29-30)
Não saia nenhuma palavra torpe - palavra empregada a arvores podres, aplicada a conversa podre. Deve-se empregar nosso dom da fala, de modo construtivo, para edificação. Nossas palavras revelam o que há no nosso coração, Mt.12:33-37. Nova criação de Deus, novos padrões de conversação.  Provérbios 12:18 “Alguém cuja a tagarelice é como ponta de espada, mas a língua dos sábios é medicina” . 
e) Não sejam maldosos ou amargos mas, sim, bondosos e amorosos (4:31:5:2)
Amargura: E um espírito Azedo, é uma conversa azeda. um espirito amargurado e ressentido que recusa a reconciliar-se. 
Cólera: fúria apaixonada, Ira: hostilidade firmada e sombria. 
Gritaria: pessoas que ficam excitadas, que erguem a  vós, numa altercação  e começam a gritar, até mesmo a berrar, umas contra as outras.
Blasfemais: falar mal dos outros, especialmente pelas costas, chegando, assim, a difamá-los e até mesmo destruir a sua reputação. 
Malícia: má vontade, desejando e tramando mal contra as pessoas. 
f) Não façam piadas acerca do sexo mas, sim, dêem graças por ele. (vs.3-4).
Três expressões referem-se a uma mente suja, expressando-se em conversas sujas. Conversação torpe: a obscenidade, Palavras vãs e Chocarrices: a forma mais barata de humor. Pelo contrario ações de graça.
NÃO HA LUGAR PARA QUALQUER UMA DESSAS COISAS HORRÍVEIS NA COMUNIDADE CRISTA, DEVEM SER TOTALMENTE REJEITADAS           

Vida digna ao chamado de Deus, como convêm aos Santos. Como têm sido o nosso dia a dia ...    

3- INCENTIVOS A JUSTIÇA  EF.5:5-21 

O incentivo é de vital importância na vida, tanto no trabalho como em qualquer coisa que estivermos fazendo, os melhores incentivos não são os materiais, são os incentivos a justiça, toda a motivação espiritual de nossa vida.
1- A CERTEZA DO JULGAMENTO  (vs. 5-7)
  A base da nossa certeza de salvação e nossa vontade de dizer não ao pecado, se cairmos numa vida de imoralidade  damos clara evidência de desobediência portanto herdeiros não do céu mas do inferno. 
  Os imorais não escaparam da condenação, os que se entregam a desobediência serão julgados e condenados.
2- O FRUTO DA LUZ (vs.8-14)
Paulo nos mostra que não existe luz que não ilumine, ele nos motiva a tomar uma atitude. Demostra que a conversão e como despertar de um sono onde passamos a viver uma nova vida em consequência, na pratica de uma vida de bondade, justiça e verdade.
  Existe um duplo efeito da luz sobre as trevas: torna visível e transforma em luz. Este e nosso dever como cristão. 

3- A NATUREZA DA SABEDORIA  (vs.15-17)
Paulo mostra que os cristãos são pessoas sabias não ignorantes, e esta sabedoria crista é prática, pois procura a vontade do Senhor. Uma sabedoria que tira o maior proveito do seu tempo e sabe discernir a vontade de Deus.

4- A PLENITUDE DO ESPIRITO SANTO (vs.18-21)
Aqui aparece uma comparação, e vários contrastes entre dois imperativos (não ficar bêbado e ficar cheio do Espirito). Há uma semelhança superficial entre as duas condições; uma pessoa bêbada dizemos que esta sobre o controle do álcool, e o cristão cheio do Espirito esta sob a influencia e sob o poder do Espírito Santo. Ai termina a comparação e começa o  contraste:

a) A embriagues é um meio de perder o auto controle;  enquanto que no Espirito Santo o auto controle é qualidade do fruto de Espirito, (Gl.5:22-23) sob a influência do Espirito Santo não perdemos, ganhamos o controle;
b) O álcool é depressivo, descontrola a sabedoria, o equilíbrio, o juízo do homem; o Espírito pode ser chamado de estimulante, estimula a mente, o coração, e todas as vontades do homem.
c) O resultado da embriagues é a dissolução; da Plenitude do Espírito é a comunhão. "falando entre vos com salmos", adoração "entoando e louvando de coração ao Senhor", gratidão "dando sempre graças por tudo", submissão "sujeitando-vos uns aos outros".                                                  

 IV- NOVOS RELACIONAMENTOS
 Ef.5:21 - 6:24 

Após falar sobre unidade e pureza devemos nos perguntar Qual é o valor de haver paz na Igreja se não há paz no lar e no trabalho ? Tudo começa com a exigência de submissão mutua que leva a submissão exigida das esposas filhos e servos. Devemos estar cientes de que nos distanciamos muito desta verdade bíblica. A sujeição é algo que não pode ser confundido, submissão é algo exigido das pessoas,  a uma ordem natural de Deus,  a respeito da autoridade das pessoas. Submissão é o reconhecimento da ordem divina da sociedade, submissão não é sinônimo de inferioridade. Todos são diante de Deus vistos com igualdade independentemente de raça, posição, classe, cultura, sexo, idade. Todos são feitos a sua imagem e semelhança, sabendo que esta autoridade vem de Deus.
A submissão exigida é a autoridade de Deus delegada aos seres humanos. Se portanto eles abusam da autoridade que Deus lhes deu (por exemplo ao ordenar o que Deus proíbe ou ao proibir o que Deus ordena), então nosso dever já não é mais submeter-nos coincidentemente recusarmo-nos a faze-lo. Submeter-nos a tais circunstancias seria desobedecer a Deus.
A fim de submeter a Deus, devemos recusar a submissão aos seres humanos.(idolatria) Atos 5:29 “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens.” 
Outro principio é que toda autoridade deve ser exercida em prol dos outros para cujo beneficio foi outorgado, não deve ser usado de modo egoísta. Os maridos devem amar as suas esposas e cuidar delas, os pais não devem provocar seus filhos a ira mas cria-los com justiça; senhores não devem ameaçar os seus servos, mas tratá-los com justiça.

1- O dever dos maridos e esposas,  pais e filhos, servos e senhores
O dever das Esposas
Desde a criação sabemos que Deus nos da este exemplo de liderança do homem. Este é um princípio natural indiscutível, supremacia expressa, mais cuidado do que controle. Submissão não é uma obediência impensada ao domínio dele, mas, sim uma grata aceitação ao seu cuidado. (“submissas como ao Senhor ...”) cabeça da mulher. Cristo como cabeça para a Igreja deu crescimento a Igreja saúde a Igreja Santificação. Cabeça é o sentido de cuidado mas que controle, responsabilidade mais que domínio, cabeça salvador do Corpo. A liderança do marido deve refletir a de Cristo.
O dever do Marido
Amor sacrificial, a idéia de Santificação. Cristo não oprimiu a sua Igreja sacrificou-se por ela a fim de servi-la. O marido entrega-se pela esposa a esposa se entrega ao marido. Entregar-se a alguém é o reconhecimento do valor da outra pessoa. Amor próprio tratar os outros conforme desejamos ser tratados, quem ama a sua esposa a si mesmo se ama.  O que Paulo ressalta não é a autoridade do marido sobre a esposa, e sim ressalta como deve ser o seu amor por ela. A submissão da esposa deve ser ao marido que a ama.  O marido deve saber que se deseja uma esposa submissa, saberá que somente por meio do amor que ele conseguira. 
O Dever dos Filhos
Obediência, exigência mais forte já que as esposas não foram ordenadas a obedecer. Para os filhos desobedecer deve ser rara exceção. Os pais não devem viver repreendendo os seus filhos com exigências irritantes e absurdas, deixando-os irados rancorosos.
Se os pais dedicassem tanto a criação de seus filhos quanto se dedicam a criação de cachorros e flores, a situação seria muito diferente.
Ao disciplinar a criança você tem que disciplinar a si mesmo. Que direito você tem de dizer a seu filho que ele precisa de disciplina quando você obviamente esta precisando também. 
O Dever dos Servos     
Respeitosos com integridade e sinceridade sem hipocrisia, nem segundas intenções. Não servindo a vista para agradar aos homens trabalhando apenas quando o chefe esta olhando a fim de procurar lisonjear, sim como servos de Cristo que de qualquer maneira esta olhando todo o tempo nunca se satisfaz com trabalho mal feito. De igual modo procedei com eles. Se você quer respeito, respeite. Autoridade não é superioridade humana, relacionamento baseado em ameaça não é relacionamento humano. Deixando de ameaças e castigo.

2- PRINCIPADOS E POTESTADES  EF.6:10-20

Paulo falou sobre unidade, a diversidade, a pureza e a harmonia, ressaltou como características principais da nova vida e da nova sociedade em Cristo. Seria tudo muito fácil, mas Paulo recorda-nos da oposição.
Por baixo das aparências na superfície, está sendo travada furiosamente uma batalha espiritual invisível. Ele nos apresenta o diabo e certos principados e potestades sob seu comando. Admite a existência deles como um terreno comum entre ele e seus leitores.
1-O inimigo que enfrentamos (vs.10-12)
O conhecimento do inimigo e necessário para a vitória na batalha. Nossa luta não e contra seres humanos ou contra a matéria física e sistemas, as contra inteligências cósmicas; nossos inimigos não são humanos mas demoníacos. 
Três características principais do inimigo 
a) São poderosos (Principados e potestades)
Os títulos chamam atenção ao poder e a autoridade que exercem. Podia dar a Jesus todos os reinos do mundo, relembra o titulo de príncipe deste mundo, não negam a conquista decisiva por Jesus, mas não admitiram a derrota nem foram destruídos.
b) São malignos
O poder propriamente dito é neutro. Nossos  inimigos empregam o seu poder  destrutivamente, para o mal. São os dominadores deste mundo tenebroso, forcas espirituais do mal, que operam nas regiões celestes, ou seja, na esfera da realidade invisível. São agentes secretos do mal, inescrupulosos implacáveis na procura de seus designos, maldosos.
c) São astutos
Ciladas do diabo, sagacidade tática com engano engenhoso. Quando o diabo se transforma em anjo de luz geralmente somos apanhados sem suspeitar, pois raramente ele ataca desta forma prefere trevas do que luz. É um lobo perigoso mas também entra no rebanho disfarçado de ovelha. Ruge como leão é sutil como uma serpente. A força e a fraude constituem a sua ofensiva principal contra o arraial dos santos. As ciladas do diabo tomam muitas formas, mas seu maior êxito é quando ele consegue persuadir as pessoas que ele não existe. Crentes que não querem nem ouvir falar de diabo.
Tudo é atribuído a nos mesmos, o diabo esta sendo esquecido. 
Como resistir a assaltos de tais inimigos. Apenas o poder de Deus pode defender-nos e livrar-nos da força, da maldade e da astucia do diabo.
Duas exortações ficam lado a lado
1- Sede fortalecidos no Senhor e na forca do seu poder. v.10
2- Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderes ficar firmes contra as ciladas do diabo. v.11
Alguns Cristãos são tão auto confiantes que acham que podem defender-se sozinhos sem a forca e a armadura do Senhor. Outros acham que nada tem a contribuir. Estão enganados, é necessário a capacitação divina e cooperação humana.

3 - A armadura de Deus (vs.13-20)

Paulo deseja ver os cristãos fortes e estáveis que fiquem firmes ate mesmo contra as ciladas do diabo. Armadura completa de um soldado pesadamente armado. Uma lista de seis pecas principais do equipamento do soldado: cinto, couraça, botas, escudo, capacete, espada. Como ilustrações de verdade, justiça, evangelho da paz, fé, salvação, da palavra de Deus.
Paulo estava bem familiarizado com os soldados Romanos.
1- O cinto da verdade. v.14
Feito de couro, prendia a túnica e segurava a espada. Garantia que não sofreria impedimento algum ao marchar. O cinto do soldado cristão e a verdade, sinceridade e integridade. Deus requer a verdade no intimo. O Cristão deve ser honesto e verdadeiro a todo o custo. Ser enganador, apelar para hipocrisia, apelar para intrigas e complo seria fazer o jogo do diabo. Não poderemos vence-lo seguindo as suas próprias regras. Querer andar sem cinto as calças podem cair, somos impedidos de marchar.
2- Couraça da justiça.
Peça principal da armadura, protegendo quase todas as suas partes vitais. Justiça, justificação, ou seja, a iniciativa graciosa de Deus em fazer com que os pecadores fiquem de bem consigo através de Cristo. Justificado pela sua graça mediante a simples fé em Cristo crucificado. Ser vestido em uma justiça que não a sua própria, mas a de Cristo. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Quem intentara acusação contra os eleitos de Deus.  Podemos encarar o inimigo de frente, com coragem não fugir dele. Algumas couraças só tinham a parte da frente.
3- As botas do Evangelho
Feita de couro, deixava os dedos dos pés livres, tinha solas pesadamente cravejadas, e era fixa nos calcanhares e nas canelas com tiras de couro. Equipavam para marchas longas e para tomar posição firmemente. Embora não impedissem a sua mobilidade, evitavam que o pé deslizas-se. As botas do saldado cristão são a preparação do evangelho da paz. Preparação significa prontidão preparo firmeza. O entusiasmos de anunciar as boas novas, sempre estar prontos para dar testemunho, dar respostas graciosas, temperadas com sal, andando firmemente sem tropeçar.
 4- O escudo da fé
Não o pequeno escudo redondo, que deixava a maior parte do corpo desprotegido. Sim um longo escudo retangular, que cobria a pessoa inteira, protegia de flechas que eram acendidas e atiradas. Os dardos inflamados do maligno, a tentação para fazermos o mal pode ser apagada com a fé. No tempo de duvidas e depressões, confiando na promessa de Deus.
5- O capacete do Soldado 
Metal resistente, forro de feltro ou esponja tornava o peso tolerável. Decorativos e protetores, plumas e cristas. Esperança da Salvação, nossa certeza de salvação futura e definitiva. Proteção para a nossa cabeça e a salvação que já recebemos. Capacita o cristão a levantar a cabeça com confiança e alegria.
 6- Espada do Espirito. 
A única que pode ser usada tanto para a defesa quanto para o ataque. A espada do espirito, sendo a palavra de Deus corta as defesas das pessoas, ferir suas consciências e desperta-las espiritualmente com suas ações penetrantes. A bíblia e a espada do espírito. Nossos inimigos estão de todos os lados e assim deve ser a nossa armadura. No céu compareceremos não com armaduras, mas vestidos com roupas de gloria; aqui, porem elas devem ser usadas noite e dia. 
Devemos andar, trabalhar e dormir vestidos com elas, senão, não somos verdadeiros soldados de Cristo. Com esta armadura devemos ficar em 
pé e vigiar, e nunca relaxar a nossa vigilância, pois o tempo em que os santos dormem e o tempo em que Satanás vai tentar. 

Comentários

  1. Precisei para uma pesquisa e achei magnifica. Muito bem explicado, textos e contextos esclarecedores. Parabéns pelo magnifico trabalho. Lendo só na Bíblia não teria tantas explicações esclarecedoras como encontrei aqui. recomendo para qualquer pessoa, estudantes de teologia ou não. Mesmo que seja para aumentar conhecimentos gerais sobre esta carta. Estou utilizando esta pesquisa para Curso de Teologia, disciplina Exegética em Efésios e posso garantir que me foi muito útil. Um abraço. Prefiro que mandem comentários para glorypessoa@hotmail.com. WhatsApp 83 988414115.

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