Áudio MP3 dia 18/03/2011



Série: Prática dos bons relacionamentos
Tema: Nossa atitude para com o nosso irmão 

Texto: Mateus 7.1-5




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Veja abaixo mais informações e o esboço usado





Disponibilizo o esboço, são minhas anotações que carecem de correções 
Este estudo é uma adaptação do livro do Sermão do monte de John Stott


TEMA:  Nossa atitude para com o nosso irmão (vs. 1-5)
Série – A prática dos bons relacionamentos
Texto Bíblico:  Mateus 7:1-5 (ARA)

Exórdio: Birds Pixar

 “1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. 

3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?  4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?

 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.” 

Relacionamentos

Todos nós somos dependentes de relacionamentos, todos nós temos dificuldades nos relacionamentos.

Por quê?
O mundo respira individualismo, egoísmo onde até atos de bondade são feitos visando benefício próprio.
Mas isso não ocorre na igreja?
Infelizmente sim a comunidade cristã não é perfeita.
Composta por pessoas imperfeitas -  haverá falhas e estas darão lugar a tensões, a problemas de relacionamento.

Na prática, como deveria um cristão se comportar para com um companheiro que agiu mal?
O Cristão deve viver de forma diferente seus relacionamentos: Enquanto é comum ver pessoas pagando o mal com o mal precisamos agir com sabedoria quando alguém nos ofende ou quando vemos alguém agindo de forma errada  
Portanto, Mateus 7 registra muito bem como os discípulos de Jesus devem se relacionar mostrando duas coisas que devemos evitar e uma que devemos praticar.

1. O cristão não deve ser juiz (vs. 1, 2)

Não julgueis
Primeiro é preciso destacar o que esta palavra não está querendo dizer - Não é isso:
Cristo proíbe totalmente a instituição de qualquer tribunal legal. Suspendermos nossa faculdade crítica em relação a outras pessoas
Se, então, Jesus não estava abolindo os tribunais legais, nem proibindo a crítica, o que quis dizer com não julgueis? 
Com outras palavras: "não censurar".

Não significa avaliar as pessoas com discernimento, mas condená-las severamente.
O crítico que julga os outros é um descobridor de erros, num processo negativo e destrutivo para com as outras pessoas, e adora viver à procura de falhas nos outros.

Imagina as piores intenções nas pessoas, joga água fria nos seus planos e é implacável quanto aos erros delas.
Pior do que isso, censurar é assumir o papel de juiz, reivindicando assim a competência e a autoridade de fazer um julgamento de seu próximo.
Se coloca acima dos outros não tem um relacionamento de amor  É superior e crítico em extremo. Sempre nos parece uma ameaça.
Esquece que é igual aos outros
"Quem és tu que julgas o servo alheio? para o seu próprio senhor está de pé ou cai" (14:4).
RA “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.” - (RM 14:4)
BLH “Quem é você para julgar o escravo de alguém? Se ele vai vencer ou fracassar, isso é da conta do dono dele. E ele vai vencer porque o Senhor pode fazê-lo vencer.”
Paulo também aplicou a mesma verdade a si mesmo quando se encontrou rodeado de difamadores hostis:
RA “Porque de nada me argüi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor. 1 Co 4.4
5 Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. - (1CO 4:4-5)
BLH “4 A minha consciência está limpa, mas isso não prova que sou, de fato, inocente. Quem me julga é o Senhor. 5 Portanto, não julguem ninguém antes da hora; esperem o julgamento final, quando o Senhor vier. Ele trará para a luz os segredos escondidos no escuro e mostrará as intenções que estão no coração das pessoas. Então cada um receberá de Deus os elogios que merece” - (1CO 4:4-5)
O ponto simples mas vital que Paulo está apresentando nestes versículos é que o homem não é Deus.
Nenhum ser humano está qualificado a ser o juiz de outros seres humanos, pois não podemos ler os corações dos outros nem avaliar os seus motivos.
Condenar é atrever-se a agir como se fosse o dia do juízo, usurpando a prerrogativa do divino Juiz; na verdade, é "brincar de Deus".
John 7:24   24 Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.
Cuidado com a forma de julgamento:
Nos tornamos presunçosos e erramos feio quando só de olhar uma pessoa achamos que já podemos traçar um perfil completo a seu respeito. E infelizmente um perfil negativo na maioria das vezes destacando o mal de cada um.
Não só não devemos julgar, como nos encontramos entre os julgados, e seremos julgados com muito maior severidade se nos atrevermos a julgar os outros.
Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também. 
Aquele que sempre julga os outros está também se colocando sobre o alvo de criticas dos outros.
Se sabemos tanto a ponto de cobrar todo mundo seremos mais cobrados por Deus pois devemos praticar aquilo que sabemos
"Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados", escreveu Paulo.
Resumindo, a ordem de não julgar não é uma exigência para que sejamos cegos, mas antes uma exortação a sermos generosos.
Jesus não nos diz que deixemos de ser homens (deixando de lado o poder crítico que nos distingue dos animais), mas que renunciemos à ambição presunçosa de sermos Deus, colocando-nos na posição de juízes.

2. O cristão não deve ser hipócrita (vs. 3, 4)
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? 4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Jesus denuncia a nossa hipocrisia em relação aos outros, isto é, interferindo em seus pecadilhos, enquanto deixamos de resolver as nossas próprias faltas mais sérias.
Eis aqui um outro motivo por que não temos capacidade para ser juizes: não apenas somos seres humanos falíveis (o que não ocorre com Deus) mas também somos seres humanos decaídos.
Como Paulo explicou: "Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas; porque no julgar a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias cousas que condenas."Rm 2.1
Todos nós nos tornamos pecadores com a Queda. Portanto não estamos em posição de julgar outros pecadores iguais a nós; estamos desqualificados para a cátedra de juiz.
A figura de uma pessoa lutando na delicada operação de remover um cisco do olho de um amigo, enquanto uma imensa tábua em seu próprio olho impede totalmente a sua visão, é ridícula ao extremo.
Mas, quando a caricatura é transferida para nós mesmos e para a nossa atitude ridícula de ficar procurando os erros dos outros, nem sempre apreciamos a brincadeira.
TEMOS QUE PARAR COM A IPOCRISIA - uma tendência fatal de exagerar as faltas dos outros e diminuir a gravidade das nossas.
·         Quando você está no computador está trabalhando – o outro é desocupado... alguém que responde e-mail e recados na rede social rapidamente
·         Alguém que abraçou uma mulher,
·         alguém que faltou a um compromisso...
·         Me atrasei, não terminei um trabalho porque estou cansado, muito ocupado – quando o outro faz o mesmo é porque é preguiçoso.
·         Quando você fala é critica construtiva – outro: está julgando
·         Quando você deixa de cumprimentar alguém se distraiu – outro é mascarado
·         Quando você faz o bem é gênero – o outro interesseiro falso.
·         Críticos – Roupa, dedo no nariz, as palavra errada.
·         Na verdade, o que geralmente acontece é que vemos nossas faltas nos outros e os julgamos vicariamente.

Portanto, hipócrita (v. 5) aqui é uma expressão chave. Pior ainda, esta espécie de hipocrisia é a mais desagradável porque, tendo até aparência de bondade (tirar um cisco do olho de alguém), transforma-se em um meio de inflar o nosso próprio ego.
Tenta justificar os seus erros corrigindo os outros... Se sente melhor quando critica alguém pois assim está afirmando que sua vida é melhor...
A condenação, escreve A. B. Bruce, é o "vício farisaico de exaltarmo-nos amesquinhando os outros, um modo muito baixo de obter superioridade moral".
A parábola do fariseu e do publicano foi o comentário de nosso Senhor sobre esta perversidade. Ele a contou "a alguns 1 Co 4:4,5. Rm2:l; cf.Tg3:l. que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros".
O fariseu fez uma comparação odiosa e incorreta, engrandecendo sua própria virtude e os erros do publicano.
O que nós deveríamos fazer é aplicar a nós mesmos um padrão pelo menos tão estrito e crítico como aquele que aplicamos aos outros.
Tira a trave do teu olho –
É muito fácil se contentar com a aparência é um perigo quando começamos a ser elogiados e reconhecidos como bons pelas pessoas. Isso quando junto não estamos buscando purificação do coração.
2 Corinthians 3:13  13 E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia.
Moises coloca o véu para que as pessoas não vissem que a glória de Deus não estava mais presente...
Êxodo 34.29-35 – depois de haver Deus falado com ele a pele do ser rosto resplandecia
Chegava para falar para o brilhando depois de falar colocava o véu até ir novamente falar com Deus
Porque – porque a luz ia apagando e ele não brilhava mais e escondia isso...
Reputação conquistada não significa aposentadoria de boas obras..
Matthew 23:28   28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
3. O cristão deve antes ser um irmão (v. 5)
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Tendo removido antes a trave de nosso próprio olho, veríamos claramente como remover o cisco do olho dele.
Temos uma grande responsabilidade no cuidado do próximo para isso é preciso viver em santidade.
Jesus não está proibindo tratarmos outras pessoas – cada um cuide da sua vida...
Pelo contrário, Jesus mais tarde ensinaria que, se nosso irmão pecar contra nós, a nossa primeira obrigação (embora geralmente negligenciada) é de "argui-lo entre ti e ele só".
Nosso dever cristão, então, não é ver o argueiro no olho do nosso irmão, enquanto, ao mesmo tempo, não reparamos na trave (v. 3) no nosso próprio olho; e, muito menos, dizer ao nosso irmão: "Deixa-me tirar o argueiro do teu olho", enquanto ainda não retiramos a trave de nosso próprio olho (v. 4); mas, antes, tirar primeiro a trave de nosso próprio olho, para que com a claridade de visão resultante possamos tirar o argueiro do olho de nosso irmão (v. 5).
Novamente se evidencia que Jesus não está condenando a crítica propriamente dita mas, antes, a crítica desvinculada de uma concomitante autocrítica; não a correção propriamente dita mas, antes, corrigir os outros quando nós mesmos ainda não nos corrigimos.
"Corrija-o", disse Crisóstomo, referindo-se a alguém que tinha pecado, "mas não como um inimigo, nem como um adversário que exige o cumprimento da pena, mas como um médico que fornece o remédio", e, ainda mais, como um irmão amoroso e ansioso em salvar e restaurar.
Galatians 6:1  ARA Galatians 6:1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.
Surpreender alguém no ato de pecar não é ocorrência incomum.
Se alguém for surpreendido – Independentemente de que for (acepção de pessoas)
a. O que fazer
            ...corrigi-o... O verbo‚ educativo, significa por em ordem e assim restaurar a condição anterior. Não devemos permanecer inertes, nem devemos desprezá-lo ou condená-lo em nossos corações, não devemos nos alegrar, nem fazer  fofocas com os amigos. "Vá  até ele, estenda-lhe a mão, levante-o  novamente, console-o com palavras brandas e abrace-o com braços de mãe". 
b. Quem deve fazê-lo
            Vós, que sois espirituais, corrigi-o... Na  verdade, este ministério de amor e restauração de um irmão que errou é  exatamente o tipo de coisa que devemos fazer  quando  andamos no Espirito. Só um cristão amadurecido deve tentar restaurá-lo.  
c. Como se deve fazer
            ...com espirito de brandura; e guarda-te  para  que  não sejas também  tentado.  Com mansidão, brandura e humildade consciente de nossa própria fraqueza e inclinação ao pecar.
Amor sempre – mais principalmente quando vamos tratar as feridas de nosso irmão
Precisamos ser tão críticos conosco como somos geralmente com os outros, e tão generosos com os outros como sempre somos conosco.
CONCLUSÃO
O padrão de Jesus para os relacionamentos é alto e sadio.
Diferente do mundo
Em todas as nossas atitudes e no comportamento relativo a outras pessoas, nem devemos representar o juiz (severo, censurador e condenador), nem o hipócrita (que acusa os outros enquanto se justifica), mas o irmão, cuidando dos outros a ponto de primeiro acusar-nos e corrigir-nos para depois procurarmos ser construtivos na ajuda que lhes vamos dar.


Data e Local da Pregação:
1-                      
2-
3-
Hebert dos Santos Gonçalves





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