Líderes qualificados, igrejas abençoadas (Estudo 8)


8. LIDER AMIGO DO BEM, LÍDER JUSTO E PIEDOSO
O bem e o mal
As Escrituras usam uma série de termos e expressões para definir o que é o bem e o que é o mal. Identifique-os em Ef 4.25-5.2 e em CI 3.8-15. 
Em Tt 1.8 aprendemos também que o líder cristão deve ser  “amigo do bem”,  isto é, uma pessoa permanentemente desejosa de fazer o bem, não o mal. As Escrituras  freqüentemente contrastam o desejo ou conveniência de fazer o bem com o desejo ou propensão para fazer o mal. Leia as se-guintes passagens: Sl 37.27; Pv 31.1012; Jr 13.23; Am 5.14-15a; Rm 2.5-10; Rm 12.9; II Co 5.10. Vê-se, por estas e outras passagens, que todos os cristãos devem ser amigos do bem. Os Iíderes, porém, são “modelos do rebanho”. I Pe 5.3.
O BEM    O MAL
Ef 4.25-5.2
Cl 3.8-15
Ver também Tt 3.1-2
O bem é “fruto do Espírito”
O apóstolo Paulo falou da sua luta pessoal para fazer o bem e não o ma!. Chegou a dizer, ex-ternando o conflito de todos aqueles que ainda têm consciência do bem e do ma!: “.. o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas a mal, que nao quero, esse faço… não sou eu quem o faz, e, sim, o pecado que habita em mim” (Rm 7.18-20). Que situação! Não foi sem razão que o mesmo  apóstolo exclamou:  “Desventurado homem que sou!” (v.24). Mas ele diz, logo em seguida: “Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor” (v. 25).
O autor da epístola aos Hebreus expressou este desejo para os seus leitores: “O Deus da paz… vos aperfeiçoe em  todo o bem, para cumprirdes a Sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dEle, por Jesus Cristo…” (Hb 13.21).
Toda a nossa propensão é para o mal, mas, quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal e Senhor de nossas vidas, Seu Espírito vem habitar em nós. Se nos submetemos inteiramente à Sua direção, Ele produz em nós o Seu maravilhoso “fruto”, que é o bem (Gl 5.16-26).
Avaliação pessoal
Avalie a sua vida à luz destes textos bíblicos:
Gl 6.10; Hb 13.16    Aproveito todas as oportunidades para fazer o bem?
Rm 15.2; Ef 4.29    Será que eu edifico as pessoas ou as destruo?
II Co 9.10-11; I Tm 6.17-18    Uso os recursos materiais que Deus me dá para ajudar aos necessitados?
Sl 35.12-14; Rm 12.19-21; Gl 6.9    Persisto em fazer o bem, mesmo quando me retribuem com o mal?

LÍDER JUSTO E PIEDOSO
Em Tt 1.8 lemos: “… é indispensável que a bispo seja… justo, piedoso…”

“Justo”

No original grego, a palavra é “dikaiós”, que aparece em oitenta e uma vezes nas páginas do Novo Testamento,  com significados diversos. Há a justiça imputada, aquela que o crente recebe pela fé (Rom 3.21-24,26 e II Co 5.21). Essa justiça tem a ver com a nossa posição diante de Deus. Mas há também a justiça prática, que tem a ver com a vida diária, com a conduta reta e íntegra. Este parece ser o sentido aqui em  TI 1.8. Ver também I Tm 1.9; Tt  2.11-12.

“Piedoso”

A palavra grega é “osios” e significa piedoso, agradável a Deus, livre do pecado e da maldade, santo. Essa palavra aparece lado a lado com “dikaios”, justo, em outras passagens também, e não somente aqui em Tt. 1.8. Ver Lc 2.25; I Tm 6.11; Tt 2.12; II Pe 3.11. E isto não é  por mera coin-cidência. Essas palavras se completam. O “justo” cumpre os seus deveres para com o homem; o “piedoso” cumpre as seus deveres para com Deus. O rei Davi foi urn homem muito piedoso. Os salmos que escreveu mostram o quanto ele ama¬va ao Senhor. E ele se apercebeu do quanto o Senhor Se agradava disto, porque escreveu: “O Senhor distingue para Si a piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo par Ele” (SI 4.3). Uma vez ele ficou assustado com a corrupção à sua volta e com a falta de temor a Deus e clamou: “Socorro, Senhor! porque já não há homens piedosos; desapareceram os fiéis entre as filhos dos homens.” (SI 12.1).
Aprendendo a justiça
Na Velho Testamento, o povo de Israel, num tempo de crise, pretendeu a pratica da piedade sem a justiça. Mas Deus não se agradou dos seus sacrifícios e demais atos de culto. Disse-Ihes: “De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios?… Não continueis a trazer ofertas vãs… não posso  suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene… Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos: cessai de fazer a mal. Aprendei a fazer o bem; atendei a justiça…” ( Is 1.11-17).
Jesus também falou da necessidade de justiça prática antes de pretender prestar culto a Deus. Ver Mt 5.23-24. Há uma “forma de piedade” sem poder, que não opera a justiça. É tão morta quanto a fé sem as obras. I Tm 3.5; Tg 2.17. Não tem valor nenhum para Deus, e não melhora em nada a vida das pessoas.
Exercitando a piedade
Paulo escreveu a Timóteo: “Exercita-te pessoalmente na piedade…” (I Tm 4.7). Os gregos davam muita importância ao exercício físico. Paulo, porém, afirma que “o exercício físico para pouco é pro-veitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (v.8). O exercício físico aumenta a força física e traz alguma satisfação pessoal, es-pecialmente quando o atleta consegue o primeiro lugar nas competições. Mas tudo isto tem pouco proveito quando comparado com os benefícios da piedade, nesta vida e na que há de ser.  Foi neste sentido que Paulo escreveu a Timóteo nesta epístola:  “De fato, grande fonte de lucro é a piedade” (I Tm 6.6).
A própria comparação que Paulo faz entre o exercício da piedade e o exercício  físico, no contexto dos jogos e competições gregos, dá-nos as dicas para o exercício da piedade:
1. O atleta alimenta-se adequadamente e se exercita o mais possível. Assim também nós devemos nos alimentar adequadamente da Palavra de Deus e gastar as energias espirituais na prática da justiça e no serviço a Cristo.
2. A oração, praticada regularmente, é também um excelente exercício espiritual (I Co 9.24-27).
3. O atleta despe-se de tudo o que é supérfluo a fim de movimentar-se livremente. Assim também nós devemos desembaraçar-nos de tudo aquilo que possa estorvar o nosso progresso espiritual e o nosso serviço a Cristo (Hb 12.1).
4. O atleta, quando corre, ou lança um disco, um dardo etc., fixa os olhos num determinado alvo. Ou, conforme o esporte, ele estabelece uma meta e esforça-se ao máximo por alcança-la. Assim também nós devemos fixar os nossos olhos em Cristo (nosso modelo e inspiração) e estabelecer nossa meta, a completa dedicação pessoal a Deus e a Cristo (Hb 12.2; I Co 9.26).


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