Líderes qualificados, igrejas abençoadas (Estudo 3)


3.  O LÍDER E SEU LAR
Sob este título, vamos estudar as qualidades mencionadas por Paulo em I Tm 3.-13  e Tt 1.5-8 e que estão relacionadas com o lar do pastor, do presbítero e do diácono, em especial, e dos cristãos, de modo geral.
“Esposo de uma só mulher”
A expressão não quer dizer que o líder cristão tem que ser casado.
Significa, sim, que ele tem que ser puro e, se casado, deve ser absolutamente fiel à sua mulher. É preciso lembrar que esta recomendação foi feita num tempo em que a poligamia era muito comum. Muitos conversos ao cristianismo eram de procedência pagã e praticantes da poligamia. Havia judeus que a admitiam. Em nossos dias, as leis e os códigos de moral não permitem a poligamia, mas os casos furtivos ou públicos de infidelidade conjugal e de concubinato se multiplicam. O cinema, a televisão, a literatura e os pseudo-conselheiros matrimoniais têm contribuído muito para isto. E, que tragédia! Alguns crentes e mesmo líderes de igreja têm cedido às pressões e às tentações.
Veja nas passagens seguintes a seriedade com que a Bíblia trata deste assunto. Há muitas outras, mas a espaço aqui só nos permite citar estas:
Jó 31.1-12. Jó era um “homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desviava do mal” (1.1). Mas ele também teve que fazer uma ali-ança com os seus olhos… Compare com II Sm 11.2-4; Nm 15.39b; Mt 5.27-29.
Pv 5.8, 15-23 (leia todo a capítulo). 0 sexo, com a própria e única mulher (ou com o próprio e único marido) é criação e dadiva de Deus, que visa a procriação (SI 127.3; 128.3-4) e o prazer (Pv  5. 18-19; I Tm 4.3-5). Fora do casamento, o sexo é iniqüidade que prende, cordas de pecado que detém, falta de disciplina, loucura (Pv 5.22-23).
MI 2.14-16. Note a importância que Deus dá aos votos feitos no casamento. Ele foi teste-munha dos mesmos, e não se esquece… O patriarca Abraão é censurado no v.15 (ver Gn 16.1-4). ”Ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”.
Eis alguns passos preventivos:
a)    Evite as fantasias sexuais. Veja Fl 4.8.
b)    Se estiver namorando ou noivando, Iembre-se de que Deus preservou a sexo para a casa-mento. Veja I Ts 4.3-8. Carícias em demasia nesse período comprometem o relacionamento do casal depois, na vida conjugal (haverá desconfiança, ciúme, etc.).
c)    Se você é casado(a), ame a sua esposa (ou o seu marido); cultive um relacionamento feliz com ela (ou com ele). A vida espiritual do casal,
assim como a comunicação e o sexo são da máxima importância. Ver Cl 3.19; I Pe 3.7; Tt 2.4-5; I Co 7.2-5.
d)    Evite expor-se deliberadamente às tentações. Cada um conhece a sua estrutura e as suas reações. Por que permitir-se conflitos e riscos desnecessários? Ver I Co 6.18; II Tm 2.22.
e)    Fortaleça-se com o estudo regular da Bíblia, com orações constantes e participação na adoração da igreja. SI 119.11;Mt 26.11; Hb 10.25.
“Que governe bem a sua própria casa”
Em nosso dias, mais e mais homens e mulheres estão confusos a respeito desta importante questão: o governo da casa. Há maridos tiranos, machistas, totalitários… E há aqueles que se curvam, se rendem, e entregam o “governo da casa”. Cuidam do seu trabalho (às vezes nem isto) e deixam para a esposa o controle das finanças, das compras, dos horários, e a criação e educação dos filhos. Isto é muito cômodo… e trágico. Não importando o grau de submissão de sua mulher (Ef 5.22-24) e da obediência dos filhos (Ef 6.1), o marido e pai deve assumir plenamente a sua posição de “cabeça” e governar bem a sua casa. Esse “bem” certamente envolve amor, amizade, humildade, sabedoria, firmeza, presença, conhecimento bíblico, oração. A ênfase dos textos parece estar na educação dos filhos: “governe… criando os filhos sob disciplina, com todo respeito” (I Tm 3.4); “que tenha filhos crentes, que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados” (Tt 1.6). A razão desta exigência, no caso dos líderes da igreja é simples: “pois se alguém não sabe governar a própria casa, come cuidará (governará) da igreja de Deus?”
“Hospitaleiro”
Se os cristãos de modo geral devem “praticar a hospitalidade” (Rm 12.13), muito mais os líderes da Igreja. As portas de suas casas devem estar abertas para pregadores e evangelistas itinerantes, músicos, cantores, irmãos em Cristo e mesmo estranhos (ainda que certos cuidados sejam necessários nestes dias de tanta exploração, maldade, violência). Convidar irmãos para uma refeição, acolher um Pequeno Grupo de estudo bíblico e comunhão são formas de praticar a hospitalidade. Ver Lc 10.38; At 10.22-27; 76.15; 16.34; Rm16.23; I Co 16.19.


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