Missões Indígenas

Encontrei um trabalho muito especial e bem elaborado sobre Missões Indígenas que tem como Tema: 30 Dias de Oração pelos Povos Indígenas do Brasil. 
Organizador: Ronaldo Lidório





Introdução:
Deus ouve as orações, e essa é uma das verdades mais fantásticas da vida cristã!
Era comum Jesus convidar Seus discípulos para momentos de oração (Lc 11:1). Desejava conduzi-los a um ato de fé e a momentos de intimidade com o Pai. Ao longo de Sua vida e ministério, Jesus continuamente orava (Mc 6:46). Por vezes, Ele se distanciava da multidão para uma noite inteira de intercessão; outras vezes, falava com o Pai em curtas frases em meio à agitação diária (Mt 26:44). Em Suas orações, frequentemente apresentava Seus discípulos a Deus, rogando pela vida deles (Jo 17:15).
A oração nos convida ao relacionamento. Ela nos coloca aos pés do Senhor para buscarmos a Sua presença, conversarmos sobre as coisas do coração e sermos por Ele sondados. Provavelmente, a oração mais arriscada de toda a Palavra é a que foi proferida pelo salmista, quando clamou: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23). Nela, o salmista roga para que o Senhor o sonde, reconhecendo que não é capaz de sondar a si mesmo e que precisa de Deus para entender o seu próprio coração. Roga para que o Senhor o prove, pedindo-lhE que o conduza nos processos do pensamento, pois depende dEle para isso. Por fim, roga para que Ele o guie, afirmando que, sem Ele, está perdido. Orar, portanto, não é tão somente apresentar nossas petições perante o Altíssimo, é nos aproximarmos do Seu coração, mas não basta orar, é necessário perseverar em oração (Ef. 6:18).
No livro de Atos, vemos que a igreja do primeiro século perseverava “na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2:42). Esse texto funciona como um elo entre o Pentecoste e a vida diária da igreja. As Escrituras destacam de forma objetiva que a comunidade que seguia a Cristo era a comunidade da perseverança, que cria no impossível e caminhava na vontade do Pai, mesmo durante as épocas de maiores incertezas, e o fazia em oração.
Eu os convido a orar e perseverar em oração pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Em nosso país ainda há 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 37 que vivem em risco de extinção, 111 grupos em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ação social, coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes!
Precisamos rogar ao Senhor por renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos, fortalecimento da igreja indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do alto, para que seja feita a Sua vontade.
Nestes 30 dias, rogue ao Senhor da seara por vidas, etnias e missões, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações!
Ronaldo Lidório


DIA 1 – Oremos pelos indígenas do Brasil
O Brasil indígena é formado por 228 etnias conhecidas e oficialmente reconhecidas, 27 isoladas, 10 parcialmente isoladas, 9 possivelmente extintas (sem comprovação conclusiva), 41 ressurgidas e 25 ainda a pesquisar, totalizando 340 grupos
Em 2010, a população de indígenas era de aproximadamente 616.000. Dentre estes, 52% habitam em aldeamentos e 48% em regiões urbanizadas ou em urbanização. Cerca de 60% da população indígena brasileira habita a Amazônia Legal, composta pelos seguintes Estados: Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão (parte). A partir de leituras de movimentos demográficos, porém, estima-se que em cinco anos o número dos que vivem em aldeias será equivalente ao número dos que vivem nas pequenas e grandes cidades. A partir de 2015, a quantidade de indígenas que habita os centros urbanos certamente será maior e terá gradual aumento.
Neste universo de diversidade e multiculturalidade, encontram-se as 121 etnias pouco ou não evangelizadas, às quais o Evangelho de Cristo ainda não chegou ou foi comunicado apenas a uma parte do grupo. Esse tem sido um dos alvos de oração e também de esforço missionário.
O DAI-AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras) reúne 41 agências missionárias filiadas, as quais abrigam missionários vinculados a mais de 120 diferentes denominações evangélicas. Com outros movimentos parceiros, como o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), há uma crescente atenção ao presente desafio de comunicar o Evangelho de Cristo aos que ainda não o conhecem.
Oremos:

1. Pelos grupos indígenas do Brasil e pelos complexos processos de manutenção de identidade, língua e cultura em meio a uma sociedade envolvente;
2. Pelas graves carências sociais, especialmente em educação, saúde e subsistência, que atingem mais de 70% dos grupos indígenas em nosso país;
3. Pelos 37 grupos que vivem em risco de extinção;
4. Pelos 121 grupos pouco ou não evangelizados, para que ouçam a respeito de Cristo;
5. Por 500 novos missionários que colaborem com as iniciativas em curso e se envolvam com a tarefa ainda inacabada.



DIA 2 – Oremos pela igreja indígena no Brasil
A igreja indígena é um movimento crescente em nosso país e, possivelmente, maior do que se imagina. Os últimos congressos de indígenas evangélicos promovidos pelo CONPLEI, com milhares de participantes, mostram um pouco dessa realidade.
Essa igreja está presente, em diferentes níveis de representação, em 150 etnias, possuindo igreja local com liderança própria em 51 e sem liderança própria em 99. Há presença missionária evangélica em 182 etnias indígenas, representando mais de 30 agências missionárias evangélicas e quase 100 diferentes denominações.
Há 16 seminários e cursos bíblicos no Brasil com ênfase no preparo indígena e 3 movimentos nacionais de iniciativa e coordenação indígena evangélica: o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI), a Associação de Mulheres Evangélicas Indígenas (AMEI) e a Associação Indígena de Tradutores Evangélicos (AITE).
Há 121 etnias pouco ou não evangelizadas, ou seja, aquelas em que não há presença missionária evangélica nem mesmo crentes. Outros fatores, como acesso a outras etnias evangelizadas e dispersão demográfica, também foram considerados nessa categoria. Destas 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 74 habitam áreas viáveis, mais abertas politicamente. O restante se divide entre áreas parcialmente restritas (13) ou totalmente restritas (34).
Dentre as 150 etnias com presença evangélica indígena, 99 não possuem liderança própria e, destas, 54 não dispõem de acesso a nenhum programa de ensino bíblico. Isso demonstra que a igreja indígena está em franco crescimento, porém não há proporcional desenvolvimento de ensino e treinamento, o que pode gerar graves problemas, como sincretismo e nominalismo.
Oremos para que a igreja indígena, juntamente com as agências missionárias, possa também efetivamente trabalhar no combate a alcoolismo, consumo de drogas, infanticídio e violência contra a mulher entre as etnias do nosso país. São problemas sérios que demandam compromisso de longo prazo.
Oremos:

1. Pelo crescimento e amadurecimento da igreja indígena;
2. Pelo treinamento de novos líderes indígenas, especialmente entre os 99 grupos sem liderança evangélica própria;
3. Pelo CONPLEI, pela AMEI e pela AITE;
4. Pelos líderes indígenas nacionais Henrique Terena, Edson Bakairi, Eli Tikuna, Jaison de Souza, Jonas Reginaldo, Leonísia Firmo, Luiz Terena e Paulo Nunes e por vários outros preciosos irmãos;
5. Para que a igreja indígena se torne mais e mais missionária.


DIA 3 – Oremos pelas organizações missionárias
Mais de 30 agências missionárias, representando cerca de 100 denominações evangélicas, formam hoje um efetivo missionário entre os indígenas do Brasil, no qual se misturam ações brasileiras, estrangeiras e indígenas, de mãos dadas.
Neste dia, devemos nos lembrar de louvar a Deus pelos pioneiros que vieram antes de nós, deixando suas terras, igrejas e famílias. Vieram abrir o caminho. A igreja indígena é hoje fruto dessa dedicação.
Oremos pelas agências missionárias vinculadas ao DAI/AMTB (Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras): AEMI (Associação Evangélica Missionária Indígena), AGEMIW (Agência Missionária Wesleyana), ALEM (Associação Linguística Evangélica Missionária), Amanajé, AMEI (Associação de Mulheres Evangélicas Indígenas), AMEM (A Missão de Evangelização Mundial), AMIDE (Associação Missionária para Difusão do Evangelho), APEC (Aliança Pró-Evangelização de Crianças), APMT (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais), Asas de Socorro, ATE (Associação Transcultural Evangélica), Atini – voz pela vida, CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), GAPCK – Seminário Teológico Timóteo do Amazonas, Gravações Brasil, Instituto Antropos, JAMI (Junta Administrativa de Missões da Convenção Batista Nacional), JMN (Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira), JOCUM (Jovens com Uma Missão), MCD (Missão de Cristianismo Decidido), MEIB (Missão Evangélica aos Índios do Brasil), MEU (Missão Evangélica Unida), MEVA (Missão Evangélica da Amazônia), MICEB (Missão Cristã Evangélica do Brasil), Missão Antioquia, Missão Evangélica Caiuá, Missão Horizontes, MIU (Missão Indígena Uniedas), MNTB (Missão Novas Tribos do Brasil), MISPA (Missão Priscila e Áquila), OMITTAS (Organização da Missão Indígena da Tribo Ticuna do Alto Solimões), SAIM (South America Indian Mission) e SIL (Sociedade Internacional de Linguística).
As iniciativas missionárias evangélicas presentes em 182 etnias indígenas no Brasil atuam em evangelização, ação social, plantio de igrejas, tradução bíblica e treinamento de líderes. Coordenam 257 diferentes programas sociais, colaborando com a subsistência em áreas de maior necessidade e tantas outras iniciativas, representadas por ações em educação na língua materna, minimização dos problemas de saúde e valorização da cultura e da língua tradicional.
Oremos:

1. Para que o Senhor fortaleça as organizações missionárias em suas necessidades;
2. Pelos processos de evangelização, tradução da Bíblia, ação social e plantio de igrejas entre os que pouco ou nada ouviram;
3. Pelos 257 programas sociais, para que sejam usados para minimizar o sofrimento e promover a dignidade indígena;
4. Pela liderança de cada organização missionária, por sabedoria do Senhor;
5. Por clara visão do Senhor para novos passos na direção prioritária para o Reino.



DIA 4 - Oremos pelos missionários
Há grave necessidade de um efetivo missionário maior em quase todas as frentes missionárias indígenas, tanto para manter o trabalho valorosamente começado anos ou décadas atrás, bem como para iniciar novos trabalhos onde há oportunidades, mas poucos recursos humanos
Devemos orar por aqueles que já estão no campo há algum tempo, sejam veteranos e pioneiros ou mais jovens e recém-chegados. Que o Senhor os sustente, dando ânimo novo e forças renovadas. Também devemos orar por provisão para cada projeto missionário.
Os últimos anos têm sido marcados pelo desejo de novos grupos ou comunidades indígenas ouvirem a Palavra de Deus. Muitos apelos, porém, ficam sem resposta, pois não há quem vá. Na retaguarda, na atuação de base e nos trabalhos especializados de apoio e consultorias também há grave carência de maior presença missionária. Não há presença missionária em 147 etnias indígenas no Brasil, sendo 95 conhecidas, 27 isoladas e 25 a pesquisar.
Devemos orar por novos missionários que: (1) tenham compromisso com Cristo e a obra missionária entre os povos indígenas; (2) estejam desejosos de se envolver com desafios e programas de médio e longo prazo; (3) sejam aptos ao aprendizado de uma nova língua e cultura; (4) tenham forte desejo de se envolver com o universo indígena de forma integral; (5) sejam aprovados segundo a Palavra de Deus (1 Tm 3).
Oremos:

1. Pelos missionários em seus campos e ministérios, por forças novas e ânimo no Senhor, por um bom relacionamento com a equipe de trabalho e também com os indígenas;
2. Pelas famílias missionárias, por boa saúde, vida em família e criação dos filhos no Senhor, também por provisão pessoal para os projetos familiares;
3. Por novos missionários, pelo relacionamento deles com suas igrejas enviadoras e agências missionárias, por provisão para suas vidas e início de ministério e, sobretudo, por vida com Deus e clara direção do alto para próximos passos;
4. Por discernimento quanto ao trabalho e perseverança para os novos missionários, por um bom relacionamento com a equipe de trabalho e com os indígenas;
5. Por facilidade no aprendizado da língua e compreensão da cultura com a qual se relaciona, por amor a Cristo e aos indígenas com os quais trabalha e por alegria no ministério.



DIA 5 – Oremos pelas traduções bíblicas
Consideramos a existência de 181 línguas indígenas no Brasil, apesar das diferentes discussões e dos estudos ainda inconclusivos sobre várias delas
O trabalho missionário tem sido um dos principais promotores da grafia e da preservação das línguas tradicionais dos povos indígenas em nosso país e em diversas outras partes do mundo.
Em 54 línguas, há programas de análise linguística e letramento em andamento, sob iniciativa evangélica. Em 31 destas línguas, há também programas de tradução bíblica em andamento. No momento, há 58 línguas que possuem porções bíblicas, o Novo Testamento ou a Bíblia completa em seu próprio idioma, material que serve a 66 etnias.
Em 3 línguas, há a Bíblia completa (serve a 7 etnias); em 32, há o Novo Testamento completo (serve a 36 etnias) e, em 23, há porções bíblicas (servem ao mesmo número de etnias).
Há 10 línguas com clara necessidade de tradução bíblica, 28 com necessidade de um projeto especial de tradução com base na oralidade e 31 com situação ainda indefinida, a avaliar. Estas 31 línguas são faladas por 59 etnias. Tanto as línguas com necessidade de projetos de tradução quanto aquelas com necessidade de um projeto especial de oralidade possuem pouquíssima possibilidade de compreensão do Evangelho em alguma outra língua ou por outros meios de comunicação ou outros grupos próximos.
Oremos especialmente pelos: Aweti (Mato Grosso), Húpdah (Amazonas), Juruna (Mato Grosso e Pará), Kamayurá (Mato Grosso), Karitiana (Rondônia), Mynky (Mato Grosso), Panará (Mato Grosso e Pará), Waimiri-Atroari (Amazonas e Roraima) e Zo’é (Pará).
Oremos:

1. Pelo uso das Escrituras já traduzidas e disponibilizadas, para que sejam abundantemente usadas pela igreja indígena;
2. Pelas 38 línguas conhecidas sem as Escrituras, por novas iniciativas, bem como por projetos de oralidade;
3. Pelos projetos em andamento em 54 diferentes línguas, por ânimo renovado para linguistas/tradutores, agências missionárias e igrejas envolvidos com esses projetos;
4. Por novos linguistas, tradutores, educadores e mestres;
5. Pela AITE (Associação Indígena de Tradutores Evangélicos), bem como pelas igrejas indígenas sem as Escrituras em seu próprio idioma.


DIA 6 – Oremos pelo uso das Escrituras
O trabalho de tradução e de uso das Escrituras é longo e requer um envolvimento integral de, pelo menos, uma geração. Não é suficiente traduzir as Escrituras, mas também alfabetizar os que as lerão e despertar neles o desejo de fazê-lo. Além da forma clássica de tradução bíblica (publicações impressas), há também muitos desafios para a produção de material em áudio e audiovisual. A transmissão das Escrituras de forma oral tem sido uma ótima estratégia de comunicação das boas novas e se adapta a diversas línguas e contextos.

Há 17 etnias com acesso à Bíblia (seja porção, Novo Testamento ou Antigo Testamento) na língua materna, mas sem indígenas evangélicos entre eles, ou seja, a Bíblia está presente, mas não está sendo usada. Há ainda outras 25 etnias com o mesmo acesso à Bíblia e com existência de uma igreja indígena local, mas sem liderança própria.

Assim, o desafio de tradução e transmissão das Escrituras se faz presente tanto nas 10 línguas com carência confirmada de tradução bíblica como nas 28 com necessidade de um projeto especial de oralidade e também nas 54 que possuem projetos linguísticos e de tradução em andamento. É imperativo apoiarmos aqueles que já estão no caminho, com longo trabalho já realizado, e não somente investirmos em novas iniciativas.

Vemos, portanto, que, nessa área, precisamos olhar para os que já estão caminhando, para que não parem ao longo do caminho, para os que irão iniciar a caminhada com novos desafios e para aqueles cujo trabalho de tradução já foi concluído, mas o uso das Escrituras necessita ser reavivado. Precisamos de educadores e mestres na mesma proporção que linguistas e tradutores.

Oremos:

1. Para que a igreja indígena tenha crescente interesse pela Palavra em sua própria língua e por proveito na leitura, no aprendizado e na reprodução da Palavra a outros;
2. Por mais missionários linguistas e tradutores, bem como educadores e mestres em cada grupo indígena com tal necessidade;
3. Pela disponibilização das Escrituras de forma escrita, gravada, contada ou dramatizada (sobretudo em testemunho) em cada etnia indígena do Brasil;
4. Pelos projetos de tradução em andamento, para que os indígenas tenham interesse na participação dos mesmos desde já;
5. Pelas organizações e iniciativas missionárias promotoras da Palavra entre os indígenas, por perseverança, bom trabalho, portas abertas e criatividade na disponibilização das Escrituras em cada língua do nosso país.



DIA 7 – Oremos pelos indígenas urbanizados
Considerando que 48% da população indígena brasileira já vive hoje em áreas urbanizadas, é necessário orar por esse desafio. Provavelmente, 111 grupos indígenas já vivem em contexto de urbanização, o que promove uma série de disfunções socioculturais.
A urbanização é um fenômeno produzido, sobretudo, pelos processos de atração que promovem a migração do indígena para áreas urbanizadas, pequenas e grandes cidades. Os principais elementos de atração são: (1) busca por educação formal em português; (2) proximidade de uma melhor assistência à saúde; (3) acesso a produtos assimilados (especialmente roupas, alimentos, entretenimento e álcool); (4) expectativa de melhor subsistência.
Os dados quanto ao processo de urbanização e suas implicações socioculturais, sociolinguísticas e familiares ainda são inconclusivos, porém apontam, em grande parte, para um cenário por demais preocupante, formado por sérias deficiências de inclusão social, empobrecimento da dieta alimentar e dificuldade de acesso às iniciativas de assistência pública.
A evangelização dos grupos urbanizados também representa um grande desafio. Duas posturas têm sido observadas de forma mais presente nesse contexto. Primeiramente, ignorar e discriminar a presença indígena na cidade, evitando o contato e qualquer iniciativa de relacionamento. Em segundo lugar, abordar os indígenas sem critérios de sensibilidade cultural, incorporando-os a trabalhos com padrões não indígenas que promovem dificuldades de comunicação e algum sistema de exclusão.
Oremos:

1. Pelos 111 grupos indígenas em processo de urbanização;
2. Pelas políticas públicas, para que contemplem esse grupo quase invisível nas cidades brasileiras;
3. Pelas iniciativas evangélicas entre os indígenas, de forma ativa, intencional e culturalmente sensível;
4. Por lideranças indígenas evangélicas que conduzam o povo nessa ifícil caminhada;
5. Pelas iniciativas do CONPLEI, que visam a facilitar a experiência de urbanização dos indígenas evangélicos.


DIA 8 – Oremos pelas ações sociais e pelos direitos humanos
Historicamente, as iniciativas missionárias sempre se associaram às ações sociais, especialmente nas áreas de educação e saúde.
Em 165 etnias indígenas, há programas e projetos sociais coordenados por missionários evangélicos. Destas, 92 possuem 1 programa social ativo, 54 possuem 2 programas sociais ativos e 19 possuem 3 ou mais programas, perfazendo 257 programas e projetos com ênfase nas áreas de educação (análise linguística, registro, letramento, publicações locais e tradução), saúde (assistência básica, primeiros socorros e clínicas médicas), subsistência e sociocultura (valorização cultural, promoção da cidadania, justo comércio e inclusão social). Apenas 17 etnias com presença missionária evangélica não possuem um programa social ativo. Mais de 90% de todos os programas e projetos são subsidiados por igrejas, empresas e representantes evangélicos do Brasil. Esses números demonstram que a presença missionária evangélica, histórica e tradicionalmente, está sempre associada a iniciativas sociais e culturais, especialmente àquelas com forte valor para o povo local.
Várias dessas iniciativas estão associadas à luta pelos direitos humanos. Um movimento nacional com ênfase no combate ao infanticídio foi iniciado pela Atini – voz pela vida, e aglutinou, nos últimos anos, apoio e participação de todos os segmentos evangélicos, despertando o debate, expondo fatos contundentes e resultando em ações de valorização à vida e em apoio a crianças em risco de infanticídio.
Oremos:

1. Pelos 257 programas sociais coordenados pelos missionários, por sabedoria, perseverança e provisão de recursos humanos e financeiros;
2. Pelas populações indígenas com carências não supridas em áreas sociais, por novas iniciativas;
3. Por políticas públicas mais amplas que contemplem as populações com maiores carências;
4. Pela Atini- voz pela vida e sua luta contra o infanticídio, pela liderança do movimento e por conscientização das populações indígenas quanto ao assunto;
5. Pelos missionários envolvidos em ações sociais, por ânimo renovado a cada passo e provisão para cada projeto.


DIA 9 - Oremos pelas etnias sob risco de extinção
Dentre a diversidade do universo étnico indígena brasileiro, encontram-se também 37 grupos que vivem em risco de extinção, levando em consideração sua população (inferior a 35 pessoas), elementos socioambientais desfavoráveis, limitado acesso à assistência de saúde, conflitos e dispersão, que são os cinco principais fatores no processo de extinção de um grupo.
Vale ressaltar que, além dessas 37 etnias, outras 3 foram recentemente consideradas como extintas e 9 estão na categoria de possivelmente extintas, portanto é um processo dinâmico e amplo que atinge, especialmente, as etnias menores e sujeitas aos fatores mencionados. Devemos nos lembrar que etnias não se extinguem apenas no interior esquecido das matas, mas também no encontro de culturas, notadamente nos processos de urbanização.
Oremos pelos grupos minoritários e, especialmente, por aqueles que enfrentam situações de sofrimento humano e social.
Dentre às etnias sujeitas à extinção, lembremos de orar pelos: Avá-Canoeiro, Txapacura, Arikapu, Ewuarhuyana, Juma, Krejê, Mandawaka, Tawandê, Yakarawakta e Wokarangma.
Oremos:

1. Por políticas públicas e iniciativas privadas que minimizem os problemas crônicos de saúde;
2. Pela diminuição dos conflitos no próprio grupo ou com membros de grupos vizinhos;
3. Pela evangelização e conversão desses grupos;
4. Pela preservação da língua, da cultura e da identidade;
5. Pela solução dos problemas que envolvem território.



DIA 10 – Oremos pelas 121 etnias pouco ou não evangelizada
Há cerca de 121 etnias que podemos considerar pouco ou não evangelizadas. São aquelas onde o Evangelho não foi proclamado ou ainda não há crentes no Senhor Jesus Cristo. Destas 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 74 habitam áreas viáveis, ou seja, áreas onde não há fortes restrições para a entrada e permanência missionária. O restante se divide entre áreas parcialmente restritas (13) ou totalmente restritas (34).
Vários elementos fazem com que uma etnia permaneça ainda pouco ou não evangelizada após tantos anos de fé cristã em nosso país. Apesar das múltiplas iniciativas missionárias, talvez o principal elemento seja de fato a carência de missionários.
Como representantes desses grupos pouco ou não evangelizados, podemos orar pelos: Akuriô (Pará), Arapaso (Amazonas), Aweti (Mato Grosso), Kantaruré (Bahia), Katiana do Biá (Amazonas), Kokuiregatejê (Maranhão), Makuna (Amazonas), Maopityán (Pará), Muru (Acre), Paiaku (Ceará), Sakiriabar (Rondônia), Turiwara (Pará) e Zo’é (Amazonas).
Oremos:
1. Pela continuidade do trabalho de evangelização, para que o Evangelho alcance o coração do povo na graça de Cristo;
2. Por novas iniciativas entre os que nada ouviram, por novos missionários e por clara direção para os menos evangelizados;
3. Por portas abertas junto ao grupo, tanto legais quanto comunitárias;
4. Pela relação desses grupos indígenas com outros já evangelizados, nos quais há a Igreja de Cristo, e por testemunhos que transformem vidas;
5. Por perseverança e junção de forças para que todos ouçam do Senhor Jesus na própria língua e cultura.
DIA 11 – Oremos pelas etnias isoladas
Há, ainda, grupos indígenas com pouquíssimo ou nenhum contato com o mundo externo, que são chamados de isolados. São 37 grupos listados nessa categoria, mas podem chegar a 52. São etnias minoritárias que, pela dinâmica de trânsito e habitação em áreas remotas, critérios de evitamento relacional com outros grupos ou conflitos que os levaram a se distanciar, permaneceram isoladas de outros segmentos.
Alguns desses grupos começam a se aproximar de áreas urbanizadas ou de outros grupos indígenas, e a pergunta que deve ser levantada é: Sob quais critérios eles deixarão de ser isolados? Se o estado de isolamento os priva de alguns elementos desejáveis, como uma assistência mais ampla na área de saúde, a aproximação sem critérios da urbanização pode ser nociva ou letal ao grupo.
Não há critérios claros do Estado brasileiro quanto a tais grupos além de tentar mantê-los em isolamento. Devemos, assim, orar pelos isolados da Serra do Taboleiro, isolados da Serra do Taquaral, isolados do Acre, isolados do Alto Jutaí, isolados do Alto Rio Envira, isolados do Alto Rio Purus, isolados do Arama e do Inauini, isolados do Bararati, isolados do Cuminá, isolados do Curuçá, isolados do Igarapé Omerê, isolados do Jatapu, isolados do Rio Jari, isolados do Uru-Eu-Wau-Wau e isolados do Xingu, como representantes desses grupos ainda isolados em solo brasileiro.
Oremos:

1. Por uma política pública que seja realista e proponha critérios claros e aplicáveis em relação aos grupos que se aproximam de centros urbanizados ou o farão no futuro próximo;
2. Pelas situações de sofrimento, especialmente na área de saúde, além da complexidade de subsistência;
3. Para que, de alguma forma, Jesus Cristo se torne conhecido entre eles;
4. Por aqueles que já buscam um relacionamento com o mundo externo, por encontros que sejam seguros e benéficos;
5. Para que o Senhor os abençoe nas necessidades que desconhecemos.



DIA 12 – Oremos pelo treinamento da liderança da igreja indígena

As 99 etnias com igreja evangélica, mas sem liderança própria, representam a extensão do desafio de treinamento em nossos dias. Junta-se a isso o fato de que 67 dessas etnias possuem pouco acesso a cursos bíblicos e 54 não possuem nenhum acesso.

A igreja indígena vive um momento de crescente interesse na capacitação bíblica e em outras diversas áreas, porém sofre com a ausência de treinamento perante a demanda e a necessidade. É necessário observarmos para onde o vento sopra e nos juntarmos a esse movimento. Entre 2006 e 2007, há registro de 1.690 indígenas que participaram de encontros e congressos do CONPLEI ou apoiados pelo CONPLEI. Em 2008 e 2009, esse número subiu para 2.350, demonstrando o grande interesse por comunhão interétnica, treinamento e capacitação.

Há, portanto, necessidade de fortalecer os seminários e cursos já implementados para o treinamento indígena, investir em novas iniciativas, como a Capacitação Bíblica Missionária Indígena (CBMI), e encorajar os movimentos de treinamento de própria iniciativa indígena, como o CONPLEI.

Uma das conclusões estratégicas mais claras e urgentes nestes últimos anos é a necessidade de investir de forma intencional e abundante no treinamento dos líderes indígenas evangélicos.

Oremos:
1. Pelos seminários de treinamento de líderes indígenas no Brasil, por mais professores e provisão do Senhor para seu desenvolvimento;
2. Pela CBMI e por outros programas usados para esta finalidade: provisão do Senhor e recursos humanos para o trabalho;
3. Pelo projeto de educação indígena do CONPLEI em Iranduba, Amazonas, por professores, provisão de recursos humanos e financeiros e sabedoria para cada passo;
4. Pelos programas locais de treinamento indígena ligados às iniciativas missionárias e às igrejas indígenas locais;
5. Por líderes indígenas crentes e amadurecidos, com conhecimento da Palavra, sabedoria do alto e coração missionário.


DIA 13 – Oremos pelos projetos em andamento e pelos projetos especializados
É necessário atenção às atividades missionárias em andamento, especialmente àquelas que estão em fase de consolidação ou conclusão (mais de dez anos). Pela índole da igreja evangélica brasileira e seu afã por novas iniciativas, não raramente deixamos para trás preciosas sementes que foram lançadas na terra há uma ou mais décadas e que precisam de maior atenção e apoio. Refiro-me, portanto, à presença missionária em 182 etnias, aos 257 programas sociais em atividade, aos projetos de linguística e tradução em 54 línguas, aos 3 grandes movimentos evangélicos indígenas e aos 16 seminários e cursos com ênfase no treinamento indígena. Há clara necessidade de apoio para a consolidação e a continuidade de tais atividades.
Em diversas atividades missionárias, há necessidade de apoio técnico especializado, essencial para a qualidade da produção. Podemos citar áreas, como linguística, antropologia, missiologia, pesquisa, desenvolvimento comunitário, ação social, medicina, enfermagem, odontologia, consultoria jurídica, transporte, comunicação e logística. Sem um adequado fortalecimento no apoio especializado, as ações missionárias entre os povos indígenas perderão força, qualidade e oportunidade.
Podemos observar instituições e iniciativas em áreas especializadas, como Asas de Socorro (apoio logístico, transporte, comunicação e ação social), Instituto Antropos (capacitação missionária e ferramentas de capacitação de liderança indígena) e Celebrando a libertação (combate ao alcoolismo em suas variadas formas). Tais iniciativas, especializadas, multiplicam as ações missionárias e melhoram a qualidade do serviço.
Oremos:
1. Pelas atividades missionárias em andamento, especialmente aquelas que estão em fase de consolidação ou conclusão (mais de dez anos);
2. Pelos missionários que estão no campo há vários anos, por encorajamento, saúde e perseverança;
3. Pelos projetos especializados de apoio missionário nas áreas de linguística, antropologia, missiologia, pesquisa, desenvolvimento comunitário, ação social, consultoria jurídica, transporte, comunicação e logística;
4. Por Asas de Socorro, para que o Senhor envie mais missionários pilotos, mecânicos, administradores e profissionais de saúde e aqueles que seguram as cordas para que o trabalho avance;
5. Pelos 16 seminários que colaboram com o treinamento indígena no Brasil, por professores, recursos e alunos segundo o coração de Deus.


DIA 14 – Oremos pelas iniciativas missionárias das igrejas indígenas
No Brasil, há fortes igrejas indígenas que atuam além de suas fronteiras étnicas, como Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai, dentre outras. Há também igrejas mais localizadas, mas que possuem uma crescente visão e despertamento missionário. Todas elas são, em potencial, a maior força missionária para a evangelização dos pouco ou não evangelizados.
Devemos nos unir em oração para que essas igrejas, junto a outros grupos em que há uma igreja madura estabelecida e com liderança própria, desenvolvam ações missionárias em seu próprio povo e além dele. Devemos orar por um movimento missionário de natureza indígena, liderado por indígenas, para os povos indígenas e além. Também devemos orar para que o Senhor desperte a igreja indígena brasileira para a missão de ser sal da Terra e luz do mundo.
As etnias Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai, entre outras, possuem, como perfil, a presença de uma igreja evangélica viva e com liderança própria, com as Escrituras em sua própria língua e interesse em espalhá-las. Possuem também os desafios comuns a uma igreja que ainda é relativamente nova, que tenta formar sua própria liderança e consolidar sua identidade. A partir de tais etnias, um mover do alto pode fazer chegar o Evangelho de Cristo aos que ainda nada ouviram, encorajar as igrejas que estão nascendo e colaborar para a consolidação das que buscam a autoctonia.
Oremos:
1. Pela igreja entre os Baniwa, Hixkariana, Kaiuá, Kuripako, Tikuna, Terena, Xerente e Wai-Wai, por um despertamento espiritual e missionário;
2. Pela igreja indígena presente em 150 etnias no Brasil, para que o Senhor desenvolva uma liderança madura, que ame a Palavra e conduza o povo a ações missionárias em seu próprio povo e além dele;
3. Pelas iniciativas da igreja indígena que já estão em andamento em direção aos não evangelizados, tanto indígenas quanto ribeirinhos, para que o Senhor abra as portas e dê boa direção e unidade em cada passo;
4. Por bons relacionamentos interétnicos da igreja indígena brasileira com os grupos pouco ou não evangelizados;
5. Por sabedoria para que a igreja não indígena colabore com a igreja indígena na santa tarefa de proclamar as boas novas de Cristo entre todos os povos.


DIA 15 – Oremos pelos Tukano e pelos tukanizados
Os Tukano e os tukanizados (grupos influenciados pela língua e pela cultura Tukano), como Siriano, Tariano, Arapaso, Makuna, Desano, Barasano, Miriti-Tapuya, Tuyuka e Pira-Tapuya, no Brasil e na Colômbia, totalizam quase 15.000 pessoas.
Esses grupos se localizam no Vale do Uaupés, noroeste da bacia Amazônica, e também nos Rios Tiquié e Pupuri, afluentes do Rio Uaupés, no Alto Rio Negro.
Historicamente, os Tukano são um povo líder e influenciador em sua região. Apesar de, normalmente, declararem-se católicos, há bastante sincretismo do catolicismo com a religião tradicional e muito poucos crentes conhecidos entre eles. Experimentam um crescente processo de urbanização e politização.
Oremos por conversões sinceras, uma liderança bem discipulada e fortes igrejas missionárias. Há três iniciativas específicas de trabalho missionário evangélico entre os Tukano no Brasil, e devemos rogar ao Senhor para que elas se transformem em fortes e maduras igrejas missionárias.
Recentemente, o povo Tukano que habita a Amazônia brasileira recebeu o Novo Testamento completo em sua língua, motivo de muito louvor a Deus. Devemos orar para que haja sede pela leitura da Palavra e que esta fale a muitos corações.
Oremos:
1. Pelos crentes da etnia Tukano, para que fiquem firmes no Senhor Jesus, amem a Palavra e influenciem muitos outros dentre o seu povo;
2. Pela evangelização do povo Tukano e demais povos tukanizados no Vale do Uaupés e derredores, por conversões sinceras;
3. Por líderes Tukano bem treinados na Palavra, com vida guiada pela Palavra e ardor missionário no coração;
4. Pelos missionários que atuam entre os povos Tukano e os tukanizados, por forças renovadas, bons relacionamentos e oportunidade de evangelização;
5. Pelas incipientes igrejas entre os Tukano, para que sejam avivadas no Senhor para amar a Palavra, buscar vida santa e ser usadas por Deus na obra missionária.


DIA 16 – Oremos pela região do Uaupés
Três das grandes áreas indígenas com aglutinação étnica e pouco evangelizadas no Brasil são o Parque do Xingu, o Vale do Javari e a região do Uaupés.
A região do Uaupés é formada pelo Rio Uaupés, seus afluentes e interflúvios no noroeste do Amazonas, região limítrofe com a Colômbia. O Rio Uaupés e seus afluentes abrigam mais de 300 povoados e aldeias onde o Evangelho pouco tem sido proclamado.
Nessa região, habitam as etnias: Arapaso, Bará, Barasana, Desana, Húpdah, Karapanã, Kubeo, Wanano, Makuna, Miriti-Tapuya, Pira-Tapuya, Siriano, Taiwano, Tariano, Tatuyo, Tukano, Tuyuka, Kotiria, Yuhupdeh e Yuruti, dentre outras.
Dentre os povos da região do Uaupés, os Húpdah e os Yuhupdeh são etnias que, tradicionalmente, habitavam o interior da mata e, atualmente, aproximam-se dos grandes rios. São cerca de 3.200 pessoas espalhadas em dezenas de aldeias de difícil acesso, falando suas línguas com variações dialetais. Fazem parte da mesma família linguística que Dâw, Nadëb e Nadëb, do Rio Negro e, provavelmente, Kakua e Nukak. Dentre as etnias mencionadas, os Dâw e os Nadëb foram evangelizados, havendo boas igrejas entre eles, porém o restante continua sem presença conhecida de convertidos ao Evangelho de Cristo.
Esses grupos na região do Uaupés recebem influência católica há várias décadas, mas permanecem mais influenciados pela religião tradicional, tendo o pajé e seus benzimentos como centro de sua religiosidade.
Oremos:
1. Pelos povos da região do Uaupés, por acesso ao Evangelho e por conversões sinceras;
2. Para que Deus os liberte da dependência do caxiri (bebida feita com a fermentação de certo beiju feito da mandioca) e da cachaça, que bebem quando vão à cidade;
3. Para que Deus os liberte do medo e do temor dos espíritos e para que conheçam a pessoa do Senhor Jesus Cristo;
4. Pelas iniciativas missionárias na região, que tenham oportunidades para comunicar o Evangelho de Cristo;
5. Pelos missionários, por bom ânimo na caminhada, perseverança no trabalho, saúde, provisão e bons relacionamentos com os indígenas.


DIA 17 – Oremos pelo Vale do Javari
O Vale do Javari é localizado no sudoeste do Estado do Amazonas e faz divisa com o Peru, abrangendo áreas banhadas pelos Rios Javari, Jutaí, Jandiatuba, Curucá, Ituí, Itacoaí e Quixito. Sua extensão territorial ultrapassa oito milhões de hectares e é uma área demarcada pelo governo brasileiro. Essa região abriga, possivelmente, o maior número de índios isolados do mundo.
Abrange terras dos municípios de Atalaia do Norte, Benjamim Constant, São Paulo de Olivença e Jutaí. Diversas etnias habitam o Vale do Javari:Kanamari, Kulina Pano, Kulina Arawa, Marubo, Matis, Matsés (Mayoruna), Korubo e Tsohom Djapá, além dos isolados.
Nos últimos anos, tem sido constante o pedido de socorro médico por parte das etnias do Javari, que denunciam as crises de saúde pública na região.
Há poucos crentes conhecidos entre as etnias do Vale do Javari, e as iniciativas missionárias enfrentam diversas barreiras. Devemos orar para que o Senhor abra portas até hoje desconhecidas e fortaleça os missionários que atuam nessa região.
Oremos:
1. Pelos povos do Vale do Javari, por acesso ao Evangelho e por conversões sinceras;
2. Pelas igrejas nos municípios e povoados nos derredores do vale, para que sejam usadas por Deus na relação com os indígenas, quando estes visitam as cidades;
3. Por portas que se abram e oportunidades para evangelização;
4. Pelas iniciativas missionárias na região, para que tenham oportunidades para comunicar o Evangelho de Cristo;
5. Pelos missionários, por bom ânimo na caminhada, perseverança no trabalho, saúde, provisão de recursos humanos e financeiros e bons relacionamentos com os indígenas.


DIA 18 – Oremos pelo Parque do Xingu
A área cultural denominada Alto Xingu forma o Parque Indígena do Xingu, localizado no Mato Grosso. É formado por 16 etnias e mais de 6.000 indígenas.
Nas regiões sul, médio, baixo e leste Xingu, habitam as seguintes etnias: Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Wauja, Yawalapiti e Yudjá. São grupos distintos que se relacionam e partilham o mesmo território apesar de manterem suas distinções linguísticas e socioculturais.
Essa é uma das áreas indígenas menos evangelizadas no Brasil e restrita à presença missionária. Devemos orar para que o Senhor direcione a igreja indígena e as iniciativas missionárias no relacionamento com os indígenas do Xingu.
Oremos:
1. Para que novas portas sejam abertas no Parque do Xingu;
2. Para que o Evangelho transforme os relacionamentos interpessoais entre os povos do Xingu;
3. Pelas iniciativas missionárias, para que sejam usadas pelo Senhor, tanto na evangelização quanto na ação social;
4. Por perseverança para as ações missionárias entre os grupos do Xingu, por boa saúde, forças novas, provisão e ânimo no Senhor;
5. Pelos que enfrentam sofrimentos humanos e sociais entre os povos do Xingu, para que o Senhor os abençoe nas necessidades de saúde, na relação entre os grupos e na subsistência.



DIA 19 – Oremos pelos Yanomami
Os chamados Yanomami representam um conjunto étnico que habita o Brasil e a Venezuela, com população superior a 27 mil pessoas. Falam quatro diferentes línguas e se distinguem, linguística e culturalmente, de qualquer outro grupo indígena na América do Sul. Somente no Brasil, espalham-se em 228 distintas aldeias.
Podemos dividi-los a partir das línguas faladas, como: Sanumá (tradicionalmente habitantes da parte oriental de Roraima), Yanomami (Xamatari), Ninam (habitantes do Rio Mucajaí) e Ajarani (encontrados no afluente do Rio Branco).
Esses grupos são seminômades, vivem de caça, pesca e agricultura de subsistência, bem como da coleta de frutas na mata.
Pela distinção linguística e cultural, os Yanomami tendem a viver mais isolados dos demais grupos indígenas de sua região e manter pouco relacionamento intercultural com outras etnias. Produzem lindos artesanatos e são conhecedores da floresta por transitarem em seu interior mais remoto.
Há alguns anos, os Yanomami passaram a se converter ao Senhor Jesus, depois de décadas de trabalho com poucos resultados visíveis. Hoje, há interesse pela Palavra em diversas aldeias e uma valorização do Evangelho. Algo novo está acontecendo.
Os desafios, porém, são grandes em relação a acesso, permanência e comunicação missionária.
Oremos:
· Por conversões sinceras e amadurecimento da Palavra entre os Yanomami, para que os convertidos evangelizem e discipulem outros;
· Para que o Evangelho transforme os relacionamentos interpessoais entre os povos Yanomami, minimizando os conflitos;
· Pelas iniciativas missionárias entre os Yanomami, para que sejam usadas pelo Senhor, tanto na evangelização quanto na ação social;
· Por perseverança para os missionários entre os Yanomami, por forças novas e bom ânimo, pelos Yanomami crentes, para que perseverem no Senhor e evangelizem seu próprio povo;
· Pelos que enfrentam sofrimentos humanos e sociais entre os Yanomami, para que o Senhor os abençoe nas necessidades de saúde, na relação interpessoal e entre grupos e na subsistência.


DIA 20 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – Dos Aipim aos Húpdah
Oremos pelas 121 etnias indígenas pouco ou não evangelizadas nestes próximos dias, colocando perante o Pai seus nomes e rogando para que ouçam plenamente o Evangelho de Jesus Cristo, bem como tenham a provisão que necessitam para toda e qualquer carência social.
Lembremos de interceder pela relação dos povos indígenas com os não indígenas. Muitos vivem em território partilhado, onde há processos exploratórios no comércio e no trabalho. Oremos por relações sociais justas e não discriminatórias.
Oremos:
1. Pelos Aipim (população incerta) e pelos Akuriô (138 pessoas), ambos no Pará;
2. Pelos Amanayé (210 pessoas) e pelos Anambé (1680 pessoas), ambos no Pará;
3. Pelos Animpokoimo, no Amapá, no Pará e em Roraima (população incerta), pelos Apiaká, no Mato Grosso, no Pará e no Amazonas (745 pessoas), e pelos Aranã, em Minas Gerais (363 pessoas);
4. Pelos Arapaso, no Amazonas (526 pessoas), pelos Arapiun, no Pará (população incerta), e pelos Aweti, no Mato Grosso (171 pessoas);
5. Pelos Baenã, na Bahia (população incerta), pelos Barawana, no Amazonas (população incerta), pelos Ewarhuyana, no Pará (12 pessoas), e pelos Húpdah, no Amazonas (2.200 pessoas).



DIA 21 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos isolados do Taboleiro aos isolados do Xinane
Continuemos a orar pelas 121 etnias indígenas pouco ou não evangelizadas em nosso país. Há cerca de 180 línguas indígenas vivas no Brasil, sendo que 132 etnias falam português (monolíngues, bilíngues ou trilíngues).
Oremos para que a Palavra chegue a cada coração na língua que lhe seja mais propícia, que conduza de forma facilitadora a mensagem de salvação em Cristo Jesus.
Intercedamos também para que missionários tenham facilidade no aprendizado das línguas indígenas e na compreensão de cada expressão cultural.
Oremos:
1. Pelos isolados da Serra do Taboleiro, em Santa Catarina (população incerta), e pelos isolados da Serra do Taquaral, em Rondônia (50 pessoas);
2. Pelos isolados do Acre (população incerta) e pelos isolados do Alto Jutaí, no Amazonas (200 pessoas);
3. Pelos isolados do Alto Rio Envira, no Amazonas (população incerta), pelos isolados do Alto Rio Purus, no Amazonas (população incerta), e pelos isolados do Arama e do Inauini, no Amazonas (população incerta);
4. Pelos isolados do Bararati, no Amazonas (população incerta), pelos isolados do Cuminá, no Pará (população incerta), e pelos isolados do Curuçá, no Amazonas (50 pessoas);
5. Pelos isolados do Igarapé Omerê, em Rondônia (seis pessoas), pelos isolados do Igarapé Tabocal (população incerta) e pelos isolados do Igarapé Xinane (população incerta).



DIA 22 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos isolados do Tabocal aos isolados do Tapirapé
Cada etnia pouco ou não evangelizada representa um desafio único. Os grupos menos evangelizados são, comumente, os que apresentam maiores barreiras, sejam geográficas, de acesso, linguísticas, culturais ou políticas.
Devemos orar para que o Senhor dê direção e criatividade a cada iniciativa missionária que intente proclamar as boas novas para esses grupos.
Também devemos orar por cuidado cultural ao fazê-lo, para que contribuamos para que eles conheçam o Evangelho e sejam assistidos socialmente dentro de sua própria cultura, sem imposições ou desrespeito.
Oremos:
1. Pelos isolados do Igarapé Tabocal, no Acre (população incerta), e pelos isolados do Igarapé Xinane, no Acre (população incerta);
2. Pelos isolados do Jacareúba, no Amazonas (50 pessoas), e pelos isolados do Jandiatuba, no Amazonas (300 pessoas);
3. Pelos isolados do Jatapu, no Amazonas, no Pará e em Roraima (50 pessoas), pelos isolados do Madeirinha, no Mato Grosso (população incerta), e pelos isolados do Mamoriazinho, no Amazonas (população incerta);
4. Pelos isolados do Mapuera, no Pará (população incerta), pelos isolados do Parauari, no Amazonas e no Pará (população incerta), e pelos isolados do Rio Candeias, em Rondônia (população incerta);
5. Pelos isolados do Rio Jari, no Pará (população incerta), pelos isolados do Rio Liberdade, no Mato Grosso e no Pará (população incerta), e pelos isolados do Rio Tapirapé, no Pará (população incerta).



DIA 23 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos isolados do Teles Pires aos isolados do Karuazu
Um dos maiores desafios missionários na evangelização dos grupos pouco ou não evangelizados é a perseverança. Em geral, um trabalho em um grupo novo não é realizado em menos de 20 anos e, muitas vezes, bem mais que isso, até mesmo várias gerações. Isso envolve perseverança, mesmo em épocas em que nada novo parece acontecer, e confiança de que o Senhor está no comando e realizando Sua obra, mesmo quando não conseguimos enxergá-la.
Oremos para que os missionários se encorajem mutuamente e sejam encorajados pela igreja brasileira. Que a igreja indígena seja também encorajada a prosseguir e que Jesus seja em tudo glorificado.
Oremos:
1. Pelos isolados do Teles Pires, no Mato Grosso (população incerta), e pelos isolados do Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia (população incerta);
2. Pelos Issé, no Amazonas (população incerta), e pelos Itogapuk, no Mato Grosso e em Rondônia (100 pessoas);
3. Pelos Jiboia, no Amazonas (população incerta), pelos Jiripancó, em Alagoas e em Pernambuco (2.050 pessoas), e pelos Kaixana, no Amazonas (505 pessoas);
4. Pelos Kalabaça, no Ceará (229 pessoas), pelos Kamba, no Mato Grosso do Sul (2.100 pessoas), e pelos Kantaruré, na Bahia (493 pessoas);
5. Pelos Karapotó, em Alagoas (2.189 pessoas), pelos Kariri, na Bahia, no Ceará e em Pernambuco (1.612 pessoas), e pelos Karuazu, em Alagoas e em Pernambuco (1.065 pessoas).



DIA 24 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Katiana aos Maitapú
O Departamento de Assuntos Indígenas da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (DAI-AMTB) colabora com as agências e iniciativas missionárias evangélicas entre os indígenas, trabalhando em parceria com o Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI) e outras associações.
Devemos orar para que o Senhor fortaleça o DAI-AMTB, dando direção clara em cada projeto de pesquisa, comunhão entre as agências e mobilização da igreja brasileira. Que, por meio do seu site (www.indigena.org.br) e de todo o material produzido, muitos novos missionários se levantem para as mais diversas áreas e agências em nosso país.
Oremos para que o Senhor continue a dar boa comunhão e trabalho conjunto para as agências missionárias e denominações evangélicas que atuam entre os indígenas em nosso país.
Continuemos a interceder pelos 121 pouco ou não evangelizados no Brasil.
Oremos:
1. Pelos Katiana (população incerta) e pelos Katukina do Rio Biá, ambos no Amazonas (450 pessoas);
2. Pelos Kaxixó, em Minas Gerais (304 pessoas), e pelos Kayura, no Pará (população incerta);
3. Pelos Kokuiregatejê, no Maranhão (população incerta), pelos Kokuryana, no Pará (população incerta), e pelos Kontakiro, no Amazonas (população incerta);
4. Pelos Kontanawa, no Acre (250 pessoas), pelos Kraptê, no Pará (população incerta), e pelos Krejê, no Maranhão (30 pessoas);
5. Pelos Kueretu, no Amazonas (população incerta), pelos Kujubim, em Rondônia (55 pessoas), e pelos Maitapú, no Pará (população incerta).



DIA 25 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Makuna aos Nereyó
Devemos interceder pelos centros de treinamento missionário em nosso país, bem como pelas igrejas enviadoras, para que o Senhor proveja aos novos missionários uma boa educação teológica, missiológica, linguística e antropológica.
Intercedamos para que os períodos de treinamento e envio sejam especiais na vida de cada missionário e para que eles caminhem na vida com Deus e busquem o caráter de Cristo.
Oremos também pelos processos de encontro de culturas entre missionários e indígenas que acontecerão nos próximos anos, para que o Senhor dirija os momentos e os passos e para que tudo contribua para bons e saudáveis relacionamentos, para o testemunho de Cristo.
Oremos:
1. Pelos Makuna (696 pessoas) e pelos Mandawaka, ambos no Amazonas (24 pessoas);
2. Pelos Maopityán, no Pará (população incerta), e pelos Matipu, no Mato Grosso (119 pessoas);
3. Pelos Miarrã, no Mato Grosso (população incerta), pelos Mihua, no Maranhão (população incerta), e pelos Miriti, no Amazonas (120 pessoas);
4. Pelos Morerebi, no Amazonas (100 pessoas), pelos Muru, no Acre (população incerta), pelos Mynky, no Mato Grosso (356 pessoas), e pelos Nadëb do Rio Negro, no Amazonas (275 pessoas);
5. Pelos Natu, em Sergipe (população incerta), pelos Naua, no Acre (422 pessoas), e pelos Nereyó, no Pará (população incerta).



DIA 26 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Nokiari aos Paumelenho
As etnias indígenas brasileiras se relacionam cada vez mais com um amplo leque de segmentos sociais e organizacionais da cultura envolvente, como representantes da FUNAI, agentes de ONGs, comerciantes, linguistas, antropólogos, religiosos e assim por diante. É necessário orar para que os povos indígenas do Brasil desenvolvam bons mecanismos de relacionamento, a fim de obter aquilo que desejam e não se perder em sua identidade como grupo.
As políticas públicas brasileiras, especialmente as de índole assistencialista, muitas vezes funcionam como mecanismos de atração do indígena para fora do seu território tradicional e aproximação às pequenas e grandes cidades, onde ele recebe auxílio mensal, assistência de saúde e educação, entre outras coisas.
Quando as relações entre indígenas e outros segmentos externos se manifestam de forma desequilibrada, frequentemente produzem perdas humanas e sociais duradouras no grupo. Devemos orar para que o Senhor preserve os povos indígenas do Brasil de contatos e relações nocivos e exploratórios.
Oremos:
1. Pelos Nokiari, no Amazonas (população incerta), e pelos Nukini, no Acre (697 pessoas);
2. Pelos Numbiai, no Mato Grosso (população incerta), e pelos Paiaku, no Ceará (220 pessoas);
3. Pelos Paikdai, no Amazonas (população incerta), e pelos Panará, no Mato Grosso e no Pará (400 pessoas);
4. Pelos Pankará, em Pernambuco (2.702 pessoas), pelos Pankaru, na Bahia (179 pessoas), e pelos Pantamona, em Roraima (5.608 pessoas);
5. Pelos Papavô, no Acre (200 pessoas), pelos Paranawat, em Rondônia (100 pessoas), e pelos Paumelenho, em Roraima (população incerta).



DIA 27 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Pipipã aos Turiwara
Oremos pelo governo brasileiro, pela FUNAI, pelas Forças Armadas, pela Polícia Federal e pelo IBAMA. Oremos por relacionamentos positivos, boa comunicação e entendimento com os povos indígenas do Brasil.
Oremos pelas iniciativas do governo brasileiro junto aos povos indígenas, para que as propostas que sejam positivas para o País e para os indígenas sejam encaminhadas e implementadas.
Oremos por sabedoria dos governantes nas decisões, sobretudo aquelas que regulam os territórios indígenas e as relações entre indígenas e não indígenas.
Oremos:
1. Pelos Pipipã, em Pernambuco (1.640 pessoas), e pelos Puti, no Amazonas (população incerta);
2. Pelos Sakiriabar, em Rondônia (103 pessoas), pelos Salumá, no Pará (300 pessoas), e pelos Suruwahá, no Amazonas (200 pessoas);
3. Pelos Tapayuna, no Mato Grosso (63 pessoas), pelos Tingui-Botó, em Alagoas (350 pessoas), e pelos Tovajara, no Maranhão (população incerta);
4. Pelos Truká, na Bahia e em Pernambuco (4.169 pessoas), pelos Trumai, no Mato Grosso (198 pessoas), e pelos Tukumanfed, em Rondônia (população incerta);
5. Pelos Tumbalalá, na Bahia (1.469 pessoas), pelos Tupinambá, na Bahia e no Pará (4.741 pessoas), e pelos Turiwara, no Pará (60 pessoas).



DIA 28 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Uraparaquara aos Xambioá
Devemos louvar a Deus por Sua presença e boa mão à frente de cada passo missionário em solo brasileiro. Também devemos louvar ao Senhor pela Sua bondade em despertar cada igreja enviadora, abençoar cada centro de formação missionária, sustentar cada missionário e fazer nascer novas igrejas indígenas e lideranças indígenas nacionais. Deus é bom!
Devemos louvar ao Senhor pelos veteranos e pioneiros que vieram antes de nós, muitos de outros países. Oremos pelos que continuam empenhados na luta e por aqueles novos que chegam ou que ainda chegarão.
Devemos louvar ao Senhor pelos indígenas que ouviram falar de Jesus e por todos aqueles que ouvirão em breve.
Devemos louvar ao Senhor por Sua graça, que é melhor que a vida, e pela oportunidade que temos, como igreja, de sermos úteis em Suas mãos no partilhar do Evangelho de Cristo entre os indígenas do nosso país.
Oremos:
1. Pelos Uraparaquara (população incerta) e pelos Uru-Pa-In (200 pessoas), ambos em Rondônia;
2. Pelos Waharibo, no Amazonas (população incerta), e pelos Waimiri-Atroari, no Amazonas e em Roraima (1.120 pessoas);
3. Pelos Wakoná, em Alagoas (900 pessoas), e pelos Warikyana, no Pará (população incerta);
4. Pelos Wassu, em Alagoas (2.061 pessoas), e pelos Wokarangma, no Pará (31 pessoas);
5. Pelos Woreyana, no Pará (população incerta), e pelos Wambioá, no Pará e no Tocantins (250 pessoas).



DIA 29 – Oremos pelos pouco ou não evangelizados – dos Xetá aos Zo’e
Ainda oremos pelas 121 etnias pouco ou não evangelizadas. Em nosso país, há claros casos de discriminação das ações missionárias evangélicas. Um deles se ambienta entre a etnia indígena Zo’é, na qual uma missão evangélica foi tolhida de sua permanência, mesmo em detrimento do desejo do grupo indígena e das competentes ações no estudo da língua e da cultura. O outro caso se dá entre os Suruwahá, pois, a despeito do relevante trabalho missionário e do desejo do grupo, há restrições em relação à presença missionária.
Tais situações se tornam mais e mais frequentes no movimento evangélico missionário entre indígenas. Devemos orar por portas abertas e por um tratamento justo por parte do Estado brasileiro e de organizações não governamentais.
Sabemos, porém, que a fé cristã, ao longo dos séculos, expande-se entre barreiras e obstáculos. Devemos orar para que o Senhor mantenha abertas as portas para o trabalho que já caminha entre os indígenas, abra portas novas e fortaleça os missionários que vivem sob perseguição. Também oremos por um bom relacionamento dos agentes missionários com o Estado brasileiro e com as ONGs em cada região.
Devemos interceder por liberdade e portas abertas entre todos os povos, mas façamos isso hoje, de forma especial, pelos povos Suruwahá e Zo’é.
Oremos:
1. Pelos Xetá, no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo (86 pessoas), e pelos Xocó, em Alagoas e em Sergipe (380 pessoas);
2. Pelos Xukuru-Kariri, em Alagoas, na Bahia e em Minas Gerais (2.950 pessoas), e pelos Yabaana, no Amazonas (90 pessoas);
3. Pelos Yakarawakta, no Mato Grosso (30 pessoas), e pelas etnias Yanomami (Sanumá, Xamatari, Ninam e Ajarani), no Amazonas e em Roraima (16.000 pessoas);
4. Pelos Yaruma, no Mato Grosso (população incerta), pelos Yuhupdeh, no Amazonas (1000 pessoas), e pelos Yawalapiti, no Mato Grosso (233 pessoas);
5. Pelos Yurupari-Tapuya, no Amazonas (população incerta), e pelos Zo’é, no Pará (421 pessoas).



DIA 30 – Oremos pela tarefa inacabada
Oremos pela tarefa ainda inacabada. Só o Senhor de fato a conhece – sua dimensão e todas as suas implicações. Oremos para que Ele mesmo desperte em nós o desejo de obediência.
Oremos para que o Senhor levante, nestes próximos anos, 500 novos missionários em nosso meio para o trabalho indígena no Brasil.
Oremos para que o Senhor desperte a igreja indígena para sua vocação missionária em nosso país e além dele.
Oremos para que o Senhor abra os olhos do nosso coração para vermos o caminho certo a tomar, em cada passo.
Oremos para que a história das missões evangélicas entre os povos indígenas do Brasil seja marcada pela ação do Espírito Santo de Deus, guiando cada iniciativa, dando o melhor rumo, atraindo para as áreas de maior necessidade, gerando ânimo sempre renovado, suprindo o necessitado e convertendo corações.
Oremos:
1. Para que o nome de Jesus seja glorificado nas ações entre os indígenas no Brasil e pela conclusão da tarefa ainda inacabada;
2. Por obediência, fidelidade, perseverança e contentamento para uma força missionária atuante entre os povos indígenas;
3. Por suprimento do alto para cada ação, seja evangelizadora ou social;
4. Para que a igreja indígena se torne mais e mais missionária e amadurecida na Palavra e para que tenha uma visão do Reino que vá além de suas fronteiras;
5. Para que a igreja brasileira e a igreja indígena se abençoem mutuamente e tenham santa comunhão e mútuo respeito na diversidade sociocultural e linguística.

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